Nada menos do que seis em cada dez brasileiros romperam o limite aceitável da balança. Ou seja, 42 milhões estão pelo menos 5 quilos acima do peso. O número é assustador e ao mesmo tempo revelador dos péssimos hábitos de homens e mulheres à mesa. Recentemente, um levantamento sobre os hábitos alimentares dos gordos brasileiros mostrou que, além de comerem muito, eles o fazem rápido demais. Conclusão: o estômago não tem tempo de transmitir a informação de saciedade ao sistema nervoso central e o sujeito continua a comer, comer, comer... Um processo de mastigação mais lento é essencial para que o cérebro receba a mensagem de que é hora de cruzar os talheres. O peso em excesso está diretamente associado ao sedentarismo, outro péssimo hábito da vida moderna. A matemática dos quilos em excesso é simples: quem consome mais calorias do que gasta engorda.
Conforme o levantamento do Ministério da Saúde, o contingente de gordos é maior entre as pessoas menos escolarizadas. Entre os que estão acima do peso, os homens e mulheres com menos de oito anos de estudo somam 47,1% do total. No grupo dos obesos, eles representam 14,9%. Os mais pobres engordam mais porque, com o aumento do poder aquisitivo e o maior acesso à comida, mas sem informações adequadas sobre saúde, eles passaram a ingerir uma quantidade enorme de carboidratos e gorduras, sobretudo de origem animal. O resultado é um só: corpos inflados. A epidemia de quilos em excesso é mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 2 bilhões de pessoas estão acima do peso. Deles, 400 milhões são obesos. Em 2025, esses números devem saltar para 3 bilhões e 700 milhões, respectivamente. O acúmulo de tecido adiposo está associado às doenças crônicas mais comuns: o diabetes, os distúrbios cardiovasculares e uma série de cânceres, como os tumores malignos de mama. Pouco se avançará na prevenção de doenças enquanto não houver uma mudança radical de comportamento.
Para melhor compreensão desta questão do peso corporal, estaremos colocando amanhã no blog, a questão do índice de massa corporal (IMC), tabela comparativa e cálculo, para ver onde você se encaixa e os riscos decorrentes do excesso de peso.
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