quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Suplementação não é para todos

Antes de ingerir qualquer suplemento, consulte um especialista Tatyanne de Morais O verão chegou e a primeira atitude daqueles que desejam colocar o corpo em forma é correr, literalmente, para a academia. Alguns pegam pesado na musculação e seguem dietas milagrosas para eliminar os quilos extras adquiridos ao longo do ano. Para completar, ainda arriscam ingerir suplementos nutricionais. Esta situação é bastante comum, mas totalmente incorreta. Os suplementos, em qualquer formato que seja - pó, cápsulas ou comprimidos - não substituem uma dieta equilibrada. Esses nutrientes servem apenas como complemento alimentar para atletas, que apresentam grande esforço muscular, pessoas que praticam alguma atividade física por mais de duas horas e aquelas que possuem alguma patologia, que causa deficiência e precisa ser suprida.

São considerados suplementos nutricionais os componentes polivitamínicos, poliminerais, protéicos, hipercalóricos, ortomoleculares e complementos alimentares. Estes últimos são comercializados de forma errônea como produtos que servem como alimentação completa. Entre os mais conhecidos estão os minerais e as vitaminas como, por exemplo, a vitamina C, que tem a finalidade de melhorar o sistema imunológico. Os suplementos ainda servem para retardar o grau de envelhecimento e dar mais vigor à saúde, além de oferecer maior rendimento aos atletas. Eles também podem ser recomendados para gestantes nas primeiras semanas da gravidez, que devem ingerir componentes como ácido fólico, indicados para evitar a má-formação e reforçar a alimentação.

Segundo a nutricionista esportiva Flávia Carvalho, o uso dos produtos deve ser permitido apenas mediante orientação médica ou nutricional e como forma de completar a alimentação insuficiente. “Há pessoas que possuem atividade cerebral intensiva e não têm como se alimentar corretamente, de três em três horas. Necessidades como estas justificam o uso de suplementos”, afirma. De acordo com a profisisonal, o uso de suplementos tem sido excessivo. “As pessoas passam dos limites.Tomam 1g de vitamina C, por exemplo, que se não for fracionado, já é muito para um dia”, alerta. Os suplementos nutricionais são regidos por legislação mundial e, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza os padrões recomendados qualitativos, delimitando as quantidades máximas que cada pessoa pode ingerir de cada tipo de suplemento nutricional.

Vale ressaltar que os nutrientes podem trazer prejuízo à saúde daqueles que consomem produtos sem haver necessidade. “Se a pessoa apresenta dieta equilibrada e não há carência de mais reforço alimentar, o suplemento pode passar a ser uma substância tóxica devido aos excessos, além de sobrecarregar o sistema renal e o hepático”, completa Flávia. Os nutrientes também podem ser usados de acordo com cada organismo e necessidade. Pessoas com restrição alimentar precisam estar mais atentas às composições das fórmulas, principalmente dos produtos que possuem lactose e glúten.

* Flávia Carvalho é nutricionista esportiva de futebol do Sport Clube do Recife

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Enchentes em SC


Meu amigo Esteves Júnior, está organizando uma campanha para a doação de donativos para os desabrigados pelas fortes chuvas que assolam a uma semana nosso estado.


Informações, é só clicar http://www.souavaiano.com.br/


O Governo estadual também disponibilizou contas bancárias para depósitos de dinheiro, mas até o dinheiro chegar ao final da linha, demora...então, 1 Kg de arroz chega mais rápido.
Então quem puder comparecer a um dos postos de coleta.....Obrigado
Abraços

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A importância do exame médico minucioso antes de entrar na academia

Teste ergométrico, de pressão e até de colesterol são fundamentais para profissional montar treino adequado ao novo aluno.Na ânsia de ingressar na academia – ainda mais com a chegada do verão, alguns afoitos tentam burlar os exames pedidos pelos médicos para começar logo a malhação. Mais do que correr o risco de forçar demais o corpo durante as atividades, a falta do exame médico coloca em jogo a eficácia dos exercícios.

“É preciso conhecer como anda o organismo do aluno, para então determinar quais modalidades são indicados para ele”, afirma Claudia Zamberlan, fisiologista do exercício, da Body Check, empresa que realiza avaliações físicas e nutricionais. Para que o exame seja completo, uma equipe de profissionais deve ser acionada. A primeira provicêndia é passar por um clinico geral ou cardiologista – principalmente se você tiver mais de 40 anos. Esse profissional irá avaliar as suas condições cardíacas, a partir de um teste ergométrico.

Os fisiologistas são fundamentais para dar o veredicto antes de você começar a malhar. “Essa é a especialidade que estuda o impacto dos esforços físico nos órgãos”, afirma Claudia. Em alguns casos também pode ser solicitado um exame de colesterol e taxa de açúcar no sangue. Segundo Claudia, quem tem colesterol alto pode ter artérias entupidas, o que gera riscos para atividade física. “Durante o esforço a pressão do sangue e maior e, em pacientes com esse histórico, pode até provocar um derrame”, alerta.

Além dos exames citados acima, uma conversa franca com quem realiza a avaliação é primordial. “Saber se o aluno fuma, se é sedentário ou se sofre com problemas de saúde como diabetes irá determinar o tipo de exercício que ele seguira”. Com todas as informações em mãos, o fisiologista irá instruir o aluno, sobre quais modalidades ele pode acompanhar nas primeiras semanas, qual será o esforço e tempo necessário para avançar para demais atividades.

“É importante esclarecer que os exames não impedem ninguém de fazer academia. Pelo contrário, quando detectamos uma fragilidade no organismo, usamos essa informação para adequar o treino, de modo que o aluno obtenha mais êxitos”.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Quais são os perigos do Overtraining?

A expressão overtraining é utilizada para caracterizar o excesso de treino, prática cada vez mais comum entre adolescentes e profissionais do esporte. A busca pelo rápido resultado, faz com que os exageros causem problemas de saúde. Seguindo pesquisa da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo, o treino “além da conta” e a má utilização de aparelhos contribuiu, nos últimos dez anos, em 30% o número de jovens com problemas nos joelhos.
Outro fator importante e que muitas vezes não é levado a sério é quanto a orientação de um bom profissional da área. Mais de 50% dos jovens praticantes de atividade física treinam sem nenhum acompanhamento, segundo estudo divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. “É fundamental a orientação de perto de um educador físico que enxergue o aluno como uma pessoa diferente das outras em sua individualidade, sem prescrições generalizadas de exercícios”, diz Ricardo Cunegundes, professor e médico consultor da Body Systems Latin América.
Está enganado quem pensa que treinar a mais fará com que o corpo fique mais definido, forte ou em forma. É sempre necessário o descanso de pelo menos 1 dia para voltar a treinar o mesmo grupo muscular, caso contrário o músculo não crescerá e possíveis problemas a longo e curto prazo surgirão. Caso apareça algum sintoma do overtraining a dica de Ricardo é descansar e relaxar o corpo por um tempo, até que melhore.
Veja alguns sintomas do Overtraning:
- Perda de apetite
- Perda de peso
- Insônia
- Cansaço
- Irritabilidade
- Agressividade
- Resfriados constantes
- Dores de cabeça
- Perda no rendimento
- Impedimento do crescimento muscular
- Disfunções hormonais
- Lesões
- Ansiedade
- Depressão

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Tênis incorreto - causa quatro das nove lesões mais comuns em corredores



A corrida é o esporte mais fácil de ser praticado e, por isso, sempre atrai adeptos. Mas há uma série de cuidados que precisam ser tomados. Se for praticada de maneira incorreta, ela pode causar lesões nas articulações, fraturas e até infarto.

O uso de tênis inadequado, por exemplo, tem relação direta com quatro das nove principais lesões causadas pela prática incorreta deste esporte. Além disso, antes de começar a correr é imprescindível a realização de exames médicos para a avaliação da postura e da capacidade cardíaca e pulmonar.

São três exames principais: o cardiovascular mede a pressão arterial e a frequência cardíaca; o metabólico mede as taxas do sangue, como o colesterol; e o biomecânico identifica a pisada do atleta e a angulação dos joelhos.

"A corrida tem uma vantagem sobre outros esportes: ela pode ser praticada em qualquer lugar, só depende da vontade do praticante", diz Jayme Campos Vianna, clínico geral do Hospital Professor Edmundo Vasconcelos. "Quem já passou dos 30 anos deve fazer uma avaliação cardíaca antes de iniciar a prática esportiva", explica o médico. "Para quem passou dos 40 anos é obrigatório, além da avaliação cardíaca, um exame de sangue e um outro para medir a capacidade pulmonar", completou.

Uma pesquisa realizada com 7.731 corredores amadores apontou que a maioria dos atletas tem muitas dores e lesões. O estudo foi feito pelo Núcleo de Estudos em Esporte e Ortopedia, pela Corpore (a maior organizadora de corridas da América Latina) e pela Sociedade Brasileira de Traumatologia. Nele, 71,2% dos entrevistados disseram já terem sentido dor em decorrência do esporte e 53,1% deles já tiveram lesões.

O tênis adequado
O estudo apontou ainda que a maioria dos corredores não sabe que o tênis pode se tornar um vilão na hora de corres. Apenas 15,3% dos entrevistados afirmaram seguir a orientação correta de mudar o calçado após percorrer de 500 km a 700 km com ele.
Existem três tipos de pisada: a neutra, a supinada (para fora) e a pronada (para dentro). Procure comprar um tênis adequado para o seu tipo de pisada. Para identificá-lo, é necessário a realização do exame biomecânico. Tomando as cuidados necessários --como realizar os exames médicos, fazer alongamento antes e após o exercício e usar roupas e calçados adequados--, a corrida traz inúmeros benefícios para os praticantes.

"A corrida faz o corpo produzir mais endorfina, uma substância já presente no corpo e responsável pela sensação de bem estar", explica Vianna. "Por isso, quem pratica exercícios dorme melhor e acorda mais disposto", afirma.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Orientação inadequada pode causar dor e lesão

No HCor são realizadas em media 40 cirurgias de ombro por mês, quase 500 casos anuais. Uma das queixas mais freqüentes nos consultórios dos ortopedistas são as dores nos ombros, problema que atinge não só pessoas sedentárias, mas também esportistas como jogadores de vôlei, tênis, nadadores e outros que praticam modalidades de arremesso. Em geral, as dores são provocadas por lesões inflamatórias causadas por movimentos repetitivos ou excesso de uso, que machucam os tendões.

Para evitá-las é necessário fazer um tratamento de fortalecimento e reeducação muscular, tanto para atletas de alto nível quanto para os de fim de semana. Esses, inclusive, devem tomar cuidados redobrados, pois, por não se exercitarem regularmente têm predisposição a desenvolverem as mesmas lesões inflamatórias dos tendões sofridas pelos esportistas profissionais. Porém, as dores nos ombros não atingem apenas os esportistas. As lesões estão cada vez mais presentes em crianças, adolescentes e adultos. "As dores nos ombros podem vir também de lesões degenerativas, ou seja, com o avanço da idade há o desgaste das articulações em decorrência do envelhecimento biológico", explica Sérgio Xavier, ortopedista do HCor - Hospital do Coração.

Além de degenerativas as lesões no ombro podem ser inflamatórias e normalmente são causadas por excesso de movimentos repetidos. "As lesões inflamatórias são mais comuns nos jovens e estão relacionadas à atividade esportiva ou de trabalho, as chamadas tendinites. Atletas de fim de semana, acima dos 50 anos, que jogam tênis ou golfe, também costumam sofrer essa lesão", acrescenta o Dr. Xavier. A calcificação é outra causa de problemas no ombro em pessoas entre 35 e 45 anos. Por volta dos 65 anos, a mulher também é alvo freqüente de problemas na articulação do ombro.
Tratamento:Geralmente as pessoas não possuem a conduta de prevenção, mas a de correção. Entretanto, para quem já apresenta os primeiros sinais de dor e lesão é importante tratá-las desde o início para evitar que o problema se repita e gere transtornos mais graves, que podem até terminar em cirurgia. Segundo o ortopedista, o tratamento da dor no ombro tem evoluído bastante nos últimos anos. Os pacientes podem ser tratados clinicamente ou até serem submetidos a cirurgias. "O importante é tratar estas lesões desde o início, com fortalecimento muscular e alongamentos, evitando assim que o problema se repita e gere patologias mais graves", diz Dr. Xavier. Com a evolução das técnicas cirúrgicas, a artroscopia é o método cirúrgico cada vez mais utilizado, porque é feita por mini-incisões com um aparelho óptico introduzido na articulação. No caso dos ombros, a grande evolução no diagnóstico e tratamento teve início na década de 90.

Movimento contínuo: Após os 40 anos de idade, aumentam as dores nos ombros em conseqüência do envelhecimento biológico. Algumas pessoas suportam e convivem bem com o problema e outras não. "Cerca de 90% das pessoas que chegam ao consultório queixando-se de dor no ombro têm a chamada síndrome do impacto", declara. Há uma relação muito estreita entre a atividade física de uma pessoa e a aceleração do processo degenerativo. Os atletas que utilizam os braços para lançamento, como tenistas, golfistas, jogadores de vôlei e nadadores, têm uma tendência maior a desenvolver lesões inflamatórias no tendão, por conta do movimento contínuo de elevar o braço. A mesma coisa ocorre com pessoas que trabalham com os braços elevados acima da cabeça, como professores que dão aula escrevendo na lousa, carregadores e empregadas domésticas.

"Todas essas pessoas têm uma tendência para desenvolver processos inflamatórios nessa região, porque expõem o tendão a situações de estresse, além de uma característica própria do tendão que é a pouca vascularização, fato que o predispõe a esses tipos de lesão. Se o ombro é exposto a uma situação de constante elevação, ele pode ficar mais velho mais rápido. Mas isso não significa que quem poupa atividade física para os ombros não terá lesões no futuro", completa o especialista.

Medicina Esportiva HCor: Considerada um dos mais importantes centros nacionais da especialidade, o Centro de Medicina Esportiva do HCor reúne uma equipe altamente especializada com os mais modernos recursos tecnológicos para dar assistência a todas as patologias ortopédicas. Um exemplo desse prognóstico foi o lançamento, há 10 anos, do Serviço. Um setor criado para oferecer os mais variados tipos de atendimento nas áreas de ortopedia e fisiatria, com modernos equipamentos e profissionais capacitados na recuperação de atletas profissionais e amadores, atuantes nas diversas modalidades esportivas. No HCor são realizadas em media 40 cirurgias de ombro por mês, quase 500 casos anuais. Realizando procedimentos diversos como diagnósticos, fisioterapia, avaliação e reabilitação pré e pós-cirurgias ortopédicas e traumas entre outros, o serviço de Medicina Esportiva ganhou notoriedade pela excelência de atendimento, inclusive com o credenciamento do Centro de Ortopedia pela ISAKOS - Sociedade Mundial de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Traumatologia do Esporte.

Para fugir das dores:
:: Faça exercícios de alongamento.
:: Use um travesseiro fino ou durma sem travesseiro se preferir o decúbito dorsal. Se preferir dormir de lado, utilize travesseiro que preencha a distancia da cabeça ao ombro.
:: No trabalho, use uma cadeira ajustável e com apoio nas costas.
:: Faça intervalos de 15 minutos a cada 2 horas de trabalho, principalmente se permanecer muito tempo ao computador.
:: Alongue pescoço, ombros e região lombar a cada 2 horas.

Dicas para o dia-a-dia:
:: Em casa, evite realizar tarefas que apresentem o mesmo padrão de movimento daqueles feitos no trabalho;
:: Faça exercícios de alongamento antes e depois da sua atividade física preferida;
:: Para levantar cargas pesadas do chão, separe as pernas, dobre os joelhos, segure o objeto o mais perto possível do corpo e depois levante;
:: Divida o peso em ambos os lados do corpo, isto é, carregue um peso de cada lado do corpo;
:: Ao carregar sacolas e malas, os braços devem estar esticados e bem perto do corpo;
:: Não carregue peso na cabeça;
:: Quando caminhar, procure ficar ereto e olhando para a linha do horizonte;
:: Ande com a musculatura abdominal contraída;
:: Ao calçar sapatos, procure sentar ou ajoelhar;:: Use sapatos com 1-2 cm de salto, mas não exagere, pois isso ocasiona dificuldades de posicionamento, dores lombares e inflamação;
:: Ao entrar e sair de veículos não torça as costas. Gire o quadril e as pernas para fora ao mesmo tempo;
:: Dedique um tempo durante a semana para a prática de exercícios físicos para não se tornar uma pessoa sedentária.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Semana da Corrida - 5

Identifique e corrija erros posturais na corrida

Braços e tronco bem-posicionados são fundamentais para sua mecânica de corrida ser eficiente. Confira os erros mais comuns e como corrigi-los Por Odara Gallo. A individualidade dos movimentos e a biomecânica de cada atleta é uma espécie de impressão digital da corrida. Com exceção dos pelotões de quenianos que mais parecem um exército, é difícil encontrar dois corredores com os movimentos exatamente iguais. E isso não é motivo para preocupação. Afinal, a corrida deve estimular a naturalidade do corpo. “Para correr bem não é preciso fazer força. Os movimentos não devem ser contraídos”, afirmou Mário Sérgio Silva, diretor técnico da Run&Fun.

Ainda que a corrida ideal tenha que ser algo natural e harmônico, existem os erros mais comuns cometidos pelos corredores. Uns são causados por vícios de movimentos, outros por desvios posturais, mas para todos eles existe solução. Seja por meio de exercícios educativos, estímulo da consciência corporal ou mesmo musculação, é possível melhorar. “Muitos corredores ignoram a importância do trabalho de força para melhorar na corrida. A questão da postura correta é um dos principais motivos para que os exercícios de musculação sejam feitos”, disse o Mário Sérgio. O treinador citou como exemplo o fortalecimento do abdômen para melhorar a posição do tronco. Além disso, músculos mais resistentes evitam lesões e protegem o atleta. “O corredor que não faz musculação tem uma vida mais curta na corrida”, falou.

Veja quais são os erros de postura mais cometidos pelos corredores e como se livrar deles:
:: Colocar muita força na mãoCorrer com a mão tensionada, ou seja, fechada com muita força, não é recomendado. Isso faz com que o atleta gaste energia desnecessariamente.
O correto é manter a mão relaxada, nem muito fechada nem aberta. “Para saber a medida, imagine que está segurando uma garrafa de modo que o dedão fique como se estivesse tampando o gargalo”, explicou o treinador.
:: Rotação lateral do troncoÉ quando o atleta balança o tronco de um lado para o outro, com o movimento que se assemelha a um lutador de boxe. “Esse ´gingado´ é prejudicial ao rendimento, pois o deslocamento na corrida deve ser para frente e não para os lados. Além disso, a quantidade elevada de repetições deste movimento predispõe a lesões no quadril”, alerta Luciane Macias, assistente de conteúdo técnico da O2 e treinadora da assessoria esportiva Infinitum. Para corrigir esse erro, Luciane indica os educativos de corrida. “Como, em sua maioria, esses exercícios exigem que se mantenha o quadril alinhado e o tronco completamente ereto, eles ajudam a melhorar a postura nesses casos”, completou. (Clique aqui para ver exemplos de educativos)

:: Correr sem movimentar os braçosOs braços devem formar um pêndulo ao lado do corpo. Quando esses membros não se mexem de maneira harmônica, não há um aproveitamento adequado do movimento. “Os braços auxiliam no equilíbrio e até na impulsão da corrida. Costumo dizer que eles são a terceira perna”, falou Mário Sérgio. Como solução para esse problema, o treinador indica que o corredor fique na frente do espelho e faça o movimento da corrida, como se estivesse correndo parado. Os braços devem ficar paralelos ao corpo como se duas linhas puxassem um de cada vez para frente e para trás. “Isso melhora a consciência corporal e ajuda o atleta a executar corretamente na hora do treino ou prova”, disse.

:: Alinhamento do troncoA posição correta do tronco durante a corrida é ligeiramente inclinado para frente e não totalmente ereto. “Aqueles que correm com o tronco ereto, ou até um pouco para trás, vão contra a mecânica natural do corpo e fazem muito mais esforço”, explicou Mário Sérgio. O corredor deve ficar atento à sua postura e se projetar um pouco para frente, mas com a coluna reta. Muitos, na tentativa de corrigir essa posição, acabam por incidir em outro erro que será descrito a seguir.

:: Ombros projetados à frenteEm vez de jogar todo o tronco para frente com a coluna alinhada, alguns atletas projetam apenas os ombros, fechando o tórax. Na intenção de corrigir a postura, esse atleta comete outro erro. “Essa postura atrapalha o corredor por deixar a região do tórax mais fechada”, disse o treinador. O resultado disso é que, além de tensionar desnecessariamente a região do trapézio, o peitoral mais fechado dificulta a captação de oxigênio. O problema postural pode ser solucionado com exercícios musculação para levantar os ombros. Aqueles com casos mais acentuados podem recorrer ao RPG ou Pilates.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Semana da Corrida - 4

Os benefícios de correr na grama
O baixo impacto e o solo com maior amortecimento previnem lesões e aumentam o equilíbrio muscularSe você costuma usar sempre o mesmo tipo de solo para a prática do treinamento de corrida, está na hora de tirar os pés do asfalto e colocá-los na grama para melhorar a estabilidade e a proteção das articulações.

Para Marcos Paulo Reis, diretor técnico e treinador da Assessoria Esportiva MPR e coordenador-geral do Pão de Açúcar Club, os atletas que fazem o maior volume possível de corrida na grama são favorecidos pelo baixo impacto do solo. “Na grama, é possível executar a técnica de corrida de forma correta. Como o amortecimento é muito bom, o corredor consegue definir melhor o apoio e o empurrão final dos pés”, explicou Marcos Paulo, que ressaltou: “o ideal seria que o atleta fizesse 25% do seu treino no asfalto e o restante na grama e na terra batida, pois o risco de lesão é muito menor”.

Apesar do grau de dificuldade maior por conta do amortecimento da grama, esse tipo de solo é mais recomendado para treinos leves e regenerativos. “Como a grama não permite tração dos pés com o chão, o grau de dureza menor promove um alívio para as articulações. O treino na grama é recomendado pelo menos uma vez por semana e pode ser intercalado com corridas em outros tipos de solo, como na terra”, sugeriu o treinador e personal trainer Emerson Bisan, da Nova Equipe Assessoria Esportiva.

A grama irregular também exige mais estabilidade da articulação do tornozelo e favorece o trabalho de propriocepção. “Como a grama não permite tração imediata, ela pede uma exigência muscular maior para a execução dos movimentos dos pés por conta do estímulo mais lento em relação ao chão”, explicou Emerson.

Para o treinador Paulo, o ideal é correr em locais com grama baixa e poucos buracos. “Se ela estiver muito fofa ou alta, pode cansar demais o corredor”, advertiu. Descanso dos treinos longosA maratonista Simone Prada, consultora administrativa, 41, corre desde 1999 e garante que o ideal é usar pelo menos duas vezes por semana a grama. “A sensação térmica refrescante da grama é o mais gratificante durante a corrida, pois além de prevenir dores nos pés, também evita o surgimento de bolhas. Recomendo correr devagar na grama e sempre durante o dia, porque durante a noite é difícil de enxergar os buracos. Assim o corredor evita levar tombos, como já aconteceu comigo na USP”, lembrou.

Com a preparação para a Comrades, prova de 89 km que será realizada em maio de 2009 na África do Sul, Simone está aumentando o volume de treinos e o ritmo, porém aos finais de semana sempre que pode treina fora do asfalto e em uma intensidade menor. “Aos sábados, geralmente viajo para o interior e aproveito para correr em estrada de cascalho ou de terra batida. Em São Paulo, procuro a grama do Parque do Ibirapuera e, algumas vezes, já treinei também na USP. Um dos melhores lugares que já treinei na grama foi no Hyde Park, em Londres. Os percursos de grama ao longo do parque são muito bons para evitar o impacto, além da beleza natural fascinante”, contou.O treinador Marcos Paulo aconselha o corredor a usar mais a grama, a areia batida, o pedrisco, a esteira e a estrada de barro no treino.”Com certeza, o atleta terá menos lesões nos joelhos e na canela”, garantiu.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Semana da Corrida - 3

Correr retarda os efeitos do envelhecimento em até 16 anos, revela pesquisa

Estudo acompanhou 500 idosos durante 19 anos Correr retarda os efeitos do envelhecimento em até 16 anos, revela pesquisa realizada nos Estados Unidos Um estudo realizado nos Estados Unidos sugere que correr com freqüência pode retardar os efeitos do envelhecimento. A pesquisa analisou 500 idosos com mais de 50 anos que tinham o hábito de correr, durante um período de 20 anos e comparou a saúde e bem-estar físico desses participantes com um grupo similar de não corredores. Após 19 anos, os pesquisadores da Stanford University Medical Center identificaram que 34% dos idosos que não corriam haviam morrido, comparados com 15% entre os que corriam. A pesquisa, publicada na revista "Archives of Internal Medicine", observou ainda que os dois grupos passaram a ter mais deficiências físicas com o passar dos anos, mas o início delas começou 16 anos mais tarde para aqueles que praticavam a corrida. "O estudo tem uma mensagem que incentiva o exercício", afirmou o professor James Fries, principal autor.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Semana da Corrida - 2

Exercícios de explosão física são bons para corredores

Os corredores, velocistas e maratonistas que visam melhorar sua performance tornando-a mais rápida ou mais longa podem utilizar-se de exercícios de musculação para obterem melhores resultados.

O técnico Nilton Leite ministrou palestra no último fim de semana para a Corpore, onde derrubou o mito de que os atletas que fazem musculação saem prejudicados na hora em que decidem correr provas de grande esforço. Na realidade, a situação é oposta.

Nilton diz que pelo fato de os atletas realizarem muitos movimentos repetidos, como nos ombros, joelhos e articulações em geral, a musculatura dessas regiões precisa estar fortalecida, e um treino moderado de musculação auxilia muito nesse processo, sem deixar os atletas mais pesados pelos músculos, e sem provocar problemas futuros. Por isso, é indicada a musculação moderada e com acompanhamento de um profissional capacitado.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Semana da Corrida - 1

Dor do dia seguinte e corrida

Corredores profissionais, amadores ou atletas de fim-de-semana estão sujeitos a sentir dor muscular tardia, após a prática da corrida, que são atribuídas a falta de treinamento, mau preparo físico ou do esforço intenso. Essa dor pode persistir por até 72 horas.

Mas até mesmo quem pratica atividade física regularmente pode sentir essa dor após aumentar a carga ou intensidade do seu exercício. Outro tipo de dor decorrente da prática esportiva é a que aparece durante e imediatamente após o esforço físico intenso.

Duas explicações acúmulo de ácido lático no músculo, ou resultado de microlesões que deixam o músculo inflamado e também pode limitar os movimentos. Se a dor for muito incômoda e limitante, a interrupção dos exercícios e a utilização de um anti-inflamatório. T.Meerhaeghe e fisioterapeuta belga, afirmam que atualmente devem fazer em cada um desses atletas queixosos, com dores após as corridas um estudo bocinético com aparelhos específicos que estudam a posição dos pés na corrida, e o alinhamento das demais articulações, tais como: tornozelos, joelhos quadris e a coluna vertebral. É evidente que na corrida se acentuam alguns defeitos funcionais da marcha normal, que o olho humano não tem capacidade de identificar somente com a observação visual.

Tanto na marcha como na corrida um elemento fundamental são os tipos de tênis ou calçados usados, mas a esse detalhe já é conhecido. O que o autor também enfatisa, é que se já existem lesões musculares pequenas na musculatura da Panturrilha, na coxa na parte anterior ou posterior podem ser ampliadas após as corridas principalmente na semi ou na maratona. Deve-se analisar o custo beneficio para a saúde músculo articular participar desses eventos, ampliando as lesões. O mesmo deve ser considerado em relação as dores articulares. O uso de faixas, joelheiras, tornezeleiras devem ser feitas para evitar a ampliação das lesões.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Material para Recuperação

Atenção alunos

Prova dia 12/11/08
Local: sala 27
Hora: 16h00

Material: Disponível no aluno@energia e existe uma cópia na biblioteca para reprodução.

Um abraço

Semana da Musculação - 5

Potencializando a hipertrofia muscular

Para que o processo de aumento da massa muscular ocorra com eficiência não basta oferecer o estímulo do treinamento físico. Também é necessário manter o organismo em situação metabólica favorável. Esta situação é a predominância do anabolismo sobre o catabolismo ou seja, das reações de síntese sobre as reações de degradação de matéria. Quando ocorre mais anabolismo do que catabolismo o balanço nitrogenado torna-se positivo, com retenção de nitrogênio e aumento da massa muscular. O nitrogênio é utilizado nessa situação como um marcador na proteína, e quando o seu balanço está positivo, indica que está havendo incorporação de proteína alimentar em tecido orgânico, na sua maior parte, músculo esquelético. As drogas anabolizantes agem positivando o balanço nitrogenado, explicando o seu efeito sobre a massa muscular. Devido aos inconvenientes de seu uso, é importante que sejam divulgadas outras formas de estimular o anabolismo e reduzir o catabolismo.

Os mais importantes hormônios anabolizantes do organismo são a testosterona (hormônio sexual masculino), produzido pelos testículos, o GH (hormônio do crescimento), produzido pela hipófise, e a insulina, produzida pelo pâncreas. A testosterona é estimulada pelos exercícios, principalmente pelos exercícios de força, e pela ingestão adequada de gorduras, visto que este hormônio é sintetizado a partir do colesterol. O GH é um hormônio sintetizado a partir de aminoácidos, sendo estimulado pela proteína alimentar, e também pelo treinamento, em particular pelos exercícios de força. Durante o sono também ocorre liberação de GH, sendo assim importante o descanso adormecido para o esportista. A insulina também é sintetizada a partir de aminoácidos e é estimulada pela ingestão de carboidratos. Recentemente se demonstrou que a maior produção de insulina decorrente da ingestão freqüente de carboidratos ao longo do dia consegue aumentar a síntese protéica, aumentando a positividade do balanço nitrogenado.

Assim sendo, para estimular ao máximo o anabolismo devemos treinar com pesos, descansar o mais possível, ingerir proteínas em quantidades adequadas (cerca de 2 gramas por quilo por dia), não restringir totalmente as gorduras da alimentação, e ingerir carboidratos várias vezes por dia. Pode ser oportuno lembrar que nas duas horas após os exercícios a ingestão de carboidratos é particularmente importante devido à facilitação metabólica para a síntese de glicogênio.
O catabolismo muscular ocorre em toda situação de estresse orgânico ou emocional devido ao aumento da produção de cortisol, hormônio da glândula supra-renal. As pessoas tensas e angustiadas produzem maiores quantidades de cortisol durante todo o dia. Durante os exercícios também ocorre grande aumento na produção de cortisol. Também contribuem para a degradação de tecido muscular a desidratação dos músculos durante os exercícios, e o aumento da concentração de amônia decorrente das reações químicas que liberam energia a partir da molécula de ATP.

Para reduzir o catabolismo devemos procurar manter as emoções sob controle e realizar treinos curtos. Dessa forma a desidratação e a produção de cortisol e de amônia não serão excessivas. Recentemente foi verificado que a creatina é uma substância que pode favorecer o aumento de massa muscular. Entre as hipóteses para explicar esse efeito estão o já documentado efeito ergogênico dessa substância (imagina-se que treinos mais pesados devem estimular mais hipertrofia), o aumento da hidratação dos músculos, e a redução de amônia devido à maior disponibilidade de ATP. Outra substância que talvez favoreça a redução do catabolismo é a glutamina, devido ao seu efeito de neutralizar quimicamente a amônia, e por também estimular a hidratação dos músculos. No entanto, apesar da situação promissora, a utilização de creatina e glutamina com o objetivo de estimular a massa muscular ainda está em fase experimental, e as doses e esquemas de administração atuais são totalmente empíricos. Um esquema coerente com a fisiologia, embora de eficácia ainda não estabelecida, é a utilização antes do treino de duas ou três gramas de creatina e a mesma quantidade de glutamina após o treino, duas gramas de glutamina, e mais duas tomadas de uma grama de glutamina a cada 3 ou 4 horas.

Considerando todos os aspectos anteriormente abordados podemos verificar que existem muitas atitudes a nível de treinamento, alimentação e suplementação que podem e devem ser tentadas para maximizar o aumento da massa muscular. A compreensão e dedicação à essas condutas talvez possam trazer muito progresso em termos de massa muscular, e mesmo para os mais ambiciosos atletas, podem ser alternativas seguras para as perigosas drogas anabolizantes.Para que o processo de aumento da massa muscular ocorra com eficiência não basta oferecer o estímulo do treinamento físico. Também é necessário manter o organismo em situação metabólica favorável. Esta situação é a predominância do anabolismo sobre o catabolismo ou seja, das reações de síntese sobre as reações de degradação de matéria. Quando ocorre mais anabolismo do que catabolismo o balanço nitrogenado torna-se positivo, com retenção de nitrogênio e aumento da massa muscular. O nitrogênio é utilizado nessa situação como um marcador na proteína, e quando o seu balanço está positivo, indica que está havendo incorporação de proteína alimentar em tecido orgânico, na sua maior parte, músculo esquelético. As drogas anabolizantes agem positivando o balanço nitrogenado, explicando o seu efeito sobre a massa muscular. Devido aos inconvenientes de seu uso, é importante que sejam divulgadas outras formas de estimular o anabolismo e reduzir o catabolismo.

Os mais importantes hormônios anabolizantes do organismo são a testosterona (hormônio sexual masculino), produzido pelos testículos, o GH (hormônio do crescimento), produzido pela hipófise, e a insulina, produzida pelo pâncreas. A testosterona é estimulada pelos exercícios, principalmente pelos exercícios de força, e pela ingestão adequada de gorduras, visto que este hormônio é sintetizado a partir do colesterol. O GH é um hormônio sintetizado a partir de aminoácidos, sendo estimulado pela proteína alimentar, e também pelo treinamento, em particular pelos exercícios de força. Durante o sono também ocorre liberação de GH, sendo assim importante o descanso adormecido para o esportista. A insulina também é sintetizada a partir de aminoácidos e é estimulada pela ingestão de carboidratos. Recentemente se demonstrou que a maior produção de insulina decorrente da ingestão freqüente de carboidratos ao longo do dia consegue aumentar a síntese protéica, aumentando a positividade do balanço nitrogenado.

Assim sendo, para estimular ao máximo o anabolismo devemos treinar com pesos, descansar o mais possível, ingerir proteínas em quantidades adequadas (cerca de 2 gramas por quilo por dia), não restringir totalmente as gorduras da alimentação, e ingerir carboidratos várias vezes por dia. Pode ser oportuno lembrar que nas duas horas após os exercícios a ingestão de carboidratos é particularmente importante devido à facilitação metabólica para a síntese de glicogênio.

O catabolismo muscular ocorre em toda situação de estresse orgânico ou emocional devido ao aumento da produção de cortisol, hormônio da glândula supra-renal. As pessoas tensas e angustiadas produzem maiores quantidades de cortisol durante todo o dia. Durante os exercícios também ocorre grande aumento na produção de cortisol. Também contribuem para a degradação de tecido muscular a desidratação dos músculos durante os exercícios, e o aumento da concentração de amônia decorrente das reações químicas que liberam energia a partir da molécula de ATP.

Para reduzir o catabolismo devemos procurar manter as emoções sob controle e realizar treinos curtos. Dessa forma a desidratação e a produção de cortisol e de amônia não serão excessivas. Recentemente foi verificado que a creatina é uma substância que pode favorecer o aumento de massa muscular. Entre as hipóteses para explicar esse efeito estão o já documentado efeito ergogênico dessa substância (imagina-se que treinos mais pesados devem estimular mais hipertrofia), o aumento da hidratação dos músculos, e a redução de amônia devido à maior disponibilidade de ATP. Outra substância que talvez favoreça a redução do catabolismo é a glutamina, devido ao seu efeito de neutralizar quimicamente a amônia, e por também estimular a hidratação dos músculos. No entanto, apesar da situação promissora, a utilização de creatina e glutamina com o objetivo de estimular a massa muscular ainda está em fase experimental, e as doses e esquemas de administração atuais são totalmente empíricos. Um esquema coerente com a fisiologia, embora de eficácia ainda não estabelecida, é a utilização antes do treino de duas ou três gramas de creatina e a mesma quantidade de glutamina após o treino, duas gramas de glutamina, e mais duas tomadas de uma grama de glutamina a cada 3 ou 4 horas.

Considerando todos os aspectos anteriormente abordados podemos verificar que existem muitas atitudes a nível de treinamento, alimentação e suplementação que podem e devem ser tentadas para maximizar o aumento da massa muscular. A compreensão e dedicação à essas condutas talvez possam trazer muito progresso em termos de massa muscular, e mesmo para os mais ambiciosos atletas, podem ser alternativas seguras para as perigosas drogas anabolizantes.
Autor: Dr. José Maria Santarém

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Semana da Musculação - 4

Musculação, saúde e qualidade de vida

Cada vez mais está sendo documentado em trabalhos científicos que a boa condição anatômica e funcional dos ossos, músculos e articulações são fundamentais para uma boa qualidade de vida. Essa condição é conhecida como saúde músculo-esquelética. Qualidades de aptidão como força, resistência e flexibilidade bem desenvolvidas permitem a realização confortável e segura dos esforços da vida diária, mesmo em situações de solicitação acentuada, como é o caso de muitas atividades profissionais. Pessoas idosas e sedentárias apresentam habitualmente processos progressivos de desgaste e enfraquecimento dos ossos, músculos e articulações, o que leva ao aparecimento de dores, pode chegar a impedir atividades tão suaves como caminhar, e aumenta o risco de quedas. Os melhores exercícios para estimular a integridade e função do sistema músculo-esquelético são os exercícios resistidos, geralmente realizados com pesos graduáveis, cuja prática é hoje conhecida como musculação.
Além da grande eficiência, esses exercícios foram também identificados como os mais seguros para pessoas sedentárias ou debilitadas, em função da facilidade com que podem ser adaptados para qualquer condição de saúde. A musculação pode ser mais suave do que caminhar. Outro aspecto da saúde é a integridade cardiovascular: infartos, acidentes vasculares encefálicos, gangrenas e insuficiência de órgãos podem ocorrer quando os vasos sanguíneos apresentam processos degenerativos, representados na maioria das vezes pela aterosclerose. Qualquer tipo de atividade física contribui para evitar a aterosclerose por diminuir a incidência, ou facilitar o controle, das principais doenças que evoluem com degeneração vascular: hipertensão arterial, diabetes, obesidade e elevações sanguíneas do colesterol e dos triglicérides. Saúde cardiovascular não deve ser confundida com aptidão cardiovascular, que significa a capacidade do sistema cardiocirculatório manter função adequada para sustentar esforços contínuos como correr, pedalar e nadar.
Esta é uma forma de condicionamento físico, que também estimula a saúde, mas não é uma necessidade para esse fim. As evidências científicas atuais demonstram que os exercícios resistidos também contribuem para promover saúde cardiovascular, como todo tipo de atividade física, e além de seguros, são importantes para melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças cardíacas. Atualmente a musculação é liberada até mesmo para crianças, com as devidas adaptações, visto que esforços máximos não são aconselhados e nem necessários. Bons profissionais adaptam a musculação para pessoas em todas as idades e em qualquer condição de saúde, desde que não haja contraindicação para exercícios físicos. A frequência mínima de treinamento para obtenção de resultados é duas vezes por semana. Para pessoas debilitadas, essa é a frquencia ideal.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Semana da Musculação - 3

Benefícios da musculação e o envolvimento de anabolizantes na atividade física

A musculação é um dos exercícios físicos mais praticados no Brasil e vem crescendo entre os mais jovens e a terceira idade, na busca de melhor condicionamento. Hoje em dia, o número de pessoas que aderem a esse esporte aumentou gradativamente e o indicado, é o exercício com pesos, sendo esta a melhor maneira de ganhar massa muscular. Uma grande vantagem é poder treinar cada grupo muscular separadamente conforme a necessidade. Assim, é intensamente utilizado como forma de reabilitação até na terceira idade. Sua prática correta e orientada por um profissional competente, traz resultados surpreendentes e importantes na redução do risco de lesões. Uma hora de musculação de baixa carga queima aproximadamente 230 calorias.
A busca de um corpo escultural tem aumentado cada vez mais, podendo-se dizer que acabou virando moda entre jovens e adultos, homens e mulheres. E essa ansiedade de alcançar a forma perfeita, acabou gerando um certo "preconceito" entre a sociedade, devido ao uso de medidas tóxicas como os ´anabolizantes´. Essas toxinas surtem vários efeitos secundários em consumidores que não necessitam do mesmo, como o crescimento anormal das mãos, face e pés dentre outras deformações ósseas e doenças como diabetes, distúrbios na tiróide, aumento das glândulas mamárias dos homens, problemas cardíacos graves, doença de Creutzfeldt-Jakob (equivalente humano da doença das vacas loucas), suores e oleosidade na pele.
Então nada melhor que esperar que o tempo e muita força de vontade possa proporcionar o corpo desejado por todos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Semana da Musculação - 2

Musculação para crianças e adolescentes

Riscos e Benefícios Atualmente, fatores como o aumento da violência, o avanço da tecnologia e a falta de tempo têm imposto aos indivíduos um estilo de vida cada vez menos saudável. Essa realidade é ainda mais evidente no que diz respeito às crianças, que passam a maior parte do tempo assistindo à televisão ou em frente ao computador, construindo, desde os primeiros anos de vida, um perfil característico do sedentarismo.
Sabe-se que essa inatividade pode contribuir para o aumento do peso corporal e, conseqüentemente, para o desenvolvimento de diversas doenças . Sendo assim, o ideal seria implementar um programa de atividades físicas, associado a uma melhora do perfil nutricional, no cotidiano de crianças e adolescentes, em busca da promoção de uma melhor qualidade de vida. A elaboração de um programa de atividades físicas para crianças e adolescentes requer alguns cuidados, a começar pela escolha da atividade. É comum o discurso, mesmo entre a comunidade médica, que nestas faixas etárias a melhor opção seria a prática de esportes como vôlei, natação, futebol, entre outros. Isso é uma verdade quanto ao componente lúdico, o que atrai mais facilmente o jovem e torna a atividade mais prazerosa.
Por outro lado, ao contrário da crença popular, esse tipo de atividade é semelhante ou até mais sujeito à ocorrência de lesões do que a execução de exercícios físicos sistemáticos como acontece Na Musculação. Hoje, embora tenha sido massificado que a musculação pode promover diversos benefícios à saúde física e mental em diferentes idades , ainda se mantém alguns mitos e equívocos quando o foco é direcionado para o treinamento de indivíduos em fase de crescimento. A idéia mais difundida e o principal motivo de contra-indicação da musculação por médicos é que esta causaria a interrupção precoce do crescimento. Essa crença advém do fato que, nos ossos longos, o crescimento se dá em uma parte mais frágil, chamada placa epifisária. Ao se submeter o osso a sobrecargas extenuantes, estas placas podem ser lesionadas provocando a interrupção precoce do processo de crescimento.
Entretanto, as evidências científicas, praticamente em sua totalidade, sinalizam que a Musculação, quando realizado dentro de parâmetros de segurança e bem orientado, não influencia negativamente o crescimento. A principal orientação quando se prescreve a musculação para crianças e adolescentes é que sejam evitadas cargas máximas ou próximas do máximo, permitindo a execução de 8 a 15 repetições . Sendo assim, pode-se perceber que alguns esportes de força, impõem sobrecargas até mesmo superiores a força máxima que o indivíduo consegue realizar. O mesmo pode ser observado, por exemplo, com um simples salto realizado durante a prática do vôlei, proporcionando elevado impacto sobre a articulação do joelho. Mesmo assim essas atividades são livremente realizadas sem causar muita preocupação entre os pais e médicos. Outras recomendações no que diz respeito a Musculação é que sejam preferencialmente selecionados exercícios que trabalhem simultaneamente diversos grupos musculares e que os movimentos sejam executados por toda amplitude de movimento.
Não foi apenas a falsa concepção de que a musculação atrapalharia o crescimento que a manteve por tanto tempo afastada da realidade de crianças e adolescentes. Também se acreditava que esta seria ineficaz, já que nesta idade o sistema endócrino ainda está em desenvolvimento e alguns hormônios necessários para o crescimento da massa muscular ainda são pouco produzidos. Hoje se sabe que mesmo crianças podem obter ganhos em força com a prática da musculação, principalmente devido a adaptações do sistema neural. Outro engano é atribuir a Musculação efeitos negativos sobre a flexibilidade.
Evidências científicas mostram que, na verdade, a musculação não atrapalha esta qualidade física ou, até mesmo, torna as crianças e adolescentes mais flexíveis. Além dos ganhos em força e flexibilidade, outros benefícios que crianças e adolescentes podem adquirir ao incluir a prática da musculação em suas rotinas são: melhora da coordenação e da habilidade motora geral; melhora do desempenho em atividades desportivas, com, inclusive, redução da incidência de lesões durante sua prática; melhora do perfil lipídico (colesterol); aumento da densidade mineral óssea, importante fator no futuro quando a osteopenia e osteroporose podem ser um problema; e, até mesmo, melhora de aspectos psicológicos como o aumento da auto-estima.
Alguns estudos mostram, que a Musculação pode promover melhorias na composição corporal como a redução do percentual de gordura. Outro importante fator que merece destaque é que indivíduos que começam a praticar a musculação desde cedo podem ser mais propícios a manter hábitos saudáveis para o futuro, contribuindo para a promoção e manutenção da saúde e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Como se pode perceber, ao contrário de especulações supervalorizadas e de argumentações defasadas e sem fundamentação científica, a prática da musculação, quando realizada de forma consciente e sob supervisão profissional, pode e deve ser implementada no dia a dia de crianças e adolescentes, proporcionando benefícios a curto e longo prazo com bastante segurança.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Semana da Musculação - 1

Musculação e o Medo de Ganhar Peso

Você tem medo de aumentar o seu peso com a musculação? Pois saiba que em longo prazo, a musculação é uma das atividades que mais ajuda a emagrecer de forma saudável. Saiba que emagrecer com saúde não significa necessariamente perder peso e sim aumentar a massa magra e diminuir a gordura, que é o que a musculação faz. Afinal, você prefere emagrecer e ficar flácida e fraca ou emagrecer enrijecendo os músculos, ganhando assim um corpo mais bonito, forte, saudável e atraente?

O ideal é mudar a composição corporal, perdendo ou não peso na balança (devendo ser feita uma avaliação em cada caso). Em relação ao gasto calórico, numa caminhada moderada de 1 hora você pode eliminar de 200 a 300 kcal. Já em 30 minutos intensos de musculação, pode-se gastar a mesma quantidade de calorias (dependendo de cada metabolismo). A musculação acelera o metabolismo do seu praticante e favorece a queima de gorduras pelo organismo. Apesar de na musculação você não queimar gordura como fonte de energia, durante o esforço (onde o fósforo, a creatina e a glicose anaeróbia são utilizados), existe um processo chamado gliconeogênese, que é a utilização de gordura para repor as calorias perdidas durante o treino. Com o metabolismo acelerado, você continua queimando a gordura por muito tempo depois da atividade física.

Após o exercício aeróbio nosso organismo leva cerca de 1 hora para voltar ao normal, onde eliminamos entre 10 e 15 calorias. Quem faz musculação tem o metabolismo 12% mais acelerado no pós-treino e até 15 horas depois esta taxa continua 7% mais alta. Vimos que a musculação aumenta a massa magra. Esta massa magra acelera o metabolismo de 17 a 25 vezes mais do que a massa de gordura. Assim sendo, quanto maior a massa muscular, mais acelerado será o seu metabolismo e o seu gasto calórico.
Para você ter déia, 1 kg a mais de músculos (que não é muito fácil de conseguir) consome 15 kcal extras por dia. Em longo prazo (mais ou menos 10 meses) se você conseguir ganhar 2kg de músculos, poderá perder 9000 calorias. Você poderá eliminar de 2 kg a 3 kg de gordura em 12 semanas, fazendo musculação 3x por semana. É claro que a dieta alimentar também é necessária, tornando o resultado mais rápido.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Muita água faz bem para o corpo?

Beber muita água é bom para a saúde? A água é essencial para o corpo humano, mas a definição de que todas as pessoas necessitam diariamente de dois litros de água pode ser mais um dos "mitos" alimentícios.
A obrigação de ingerir líquidos não pode ser fixada. O próprio corpo é quem determina a quantidade necessária, a qual depende de alguns fatores pessoais que estão diretamente relacionados ao sexo, idade, atividade física e até temperatura ambiente.
De acordo com o nutrólogo Maximo Asinelli, o correto é beber água sempre que sentirmos sede: "as pessoas devem criar a consciência de que beber água é uma necessidade do corpo, e é ele quem oficializa essa vontade", afirma. A água em maior quantidade deve ser consumida somente em casos de exceção como febre alta ou durante a prática de esportes.
Asinelli ainda releva a importância de que a ingestão exagerada de líquidos tem como conseqüência a dilatação do estômago, fazendo com que a pessoa coma mais. Além disso, existe outro fator que pode gerar mal estar às pessoas: "certo abuso também pode favorecer a diminuição do suco gástrico, que acaba atrapalhando a digestão", frisa o nutrólogo.
Ainda assim, vale ressaltar que o nosso corpo é composto 60% de água e que, em alguns casos, toda essa necessidade pode ser controlada por uma dieta balanceada. Se a pessoa mantiver um consumo freqüente de frutas (as quais tem em composição 90% água) a necessidade do corpo será mínima, e não será preciso que exista uma ingestão forçada do líquido. O ideal afirma o Nutrólogo é de que pessoas que estejam em processo de dietas de redução de pesso bebam água em pequenos "goles" continuamente durante todo o dia e evitem ingerir líquidos durante as refeições.
De qualquer forma, o mais importante é respeitar as vontades do nosso corpo. Lembre-se, como nossos pais já diziam: tudo em excesso faz mal, até água.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vestibular Chegando!!!

Aí galera...

Vem se aproximando o grande dia e, para enfrenta-lo venho nesta semana fazer postagens pertinentes ao vestibular aproveitando o encarte produzido pelo Energia, publicado no Diário Catarinense, vale a pena clicar no link abaixo.

http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2259364.xml&template=3898.dwt&edition=10958

Abraços

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Oba!!! Livros Gratuitos......Ler também é um exercício.

Livro gratuito sobre eventos esportivos no Brasil

Os professores Aline Haas, Marcelo Cavalli, Nelson Todt e Roberto Mesquita, da Faculdade de educação física e Ciências do Desporto da PUCRS (Fefid), participam do livro "Legados de Megaeventos Esportivos", lançado recentemente, publicação do Ministério do Esporte e do Conselho Federal de educação física, que agrega trabalhos e pesquisas sobre importantes eventos do esporte no Brasil, como os jogos Pan Americanos de 2007. A obra reflete também sobre os Jogos Mundiais Militares que ocorrerão em 2011 e a Copa do Mundo de futebol que ocorrerá no país em 2014. Outro assunto em pauta é a candidatura do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Foram reunidos 71 autores brasileiros e quatro do exterior, de 35 universidades. O livro é disponibilizado por meio de download gratuito no link abaixo.Os professores integram os Grupos de Pesquisa em Estudos Olímpicos e em Estudos Sociológicos em educação física e Esporte da Universidade.
Vale a pena!
Abraços

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Inteligência emocional, passaporte para o sucesso

O mercado está em constante transformação e, por isso, é preciso estar atento as suas novas exigências. Quando pensamos nas características que as grandes empresas buscam em um bom profissional, por exemplo, podemos notar que houve uma grande mudança de referencial nos últimos anos. Se antes o desejado era aquela pessoa com alto grau de conhecimento técnico, que produzia muito em pouco tempo, hoje o mais buscado é o profissional que também administra as suas emoções de maneira inteligente e ainda consegue alcançar bons resultados.As novas gerações apresentam uma grande similaridade entre no que diz respeito à sua formação técnica. Muitos já possuem graduação, pós-graduação e MBA por volta dos 28 anos, mas ainda continua difícil encontrar quem sabe controlar suas emoções em busca de objetivos pessoais que estejam alinhados aos interesses da empresa. Isso é um ponto fundamental no processo de desenvolvimento e aprimoramento profissional de um indivíduo.

Um indivíduo emocionalmente inteligente consegue mobilizar suas emoções estrategicamente para alcançar suas metas. Para isso, ele consegue reconhecer, aceitar, escolher e gerenciar o que sente durante as mais diversas situações. Conheço muitas pessoas que deixaram de alcançar melhores cargos por terem perdido o equilíbrio em determinado momento. Quem nunca teve vontade de mandar tudo para o ar? Acredito que a maioria de nós. O importante é saber que isso pode nos aliviar na hora, mas será que não trará problemas depois?

O ser humano é racional e emocional, invariavelmente e ao mesmo tempo. Por isso, quando alguém dizer que você precisa ser mais isso ou aquilo tome cuidado. Costumo ilustrar essa situação da seguinte maneira: imagine um goleiro que vai defender um pênalti sem um dos braços. Impossível, não é? O mesmo aconteceria com uma pessoa que eliminasse a razão ou a emoção de seu dia a dia. Precisamos buscar a harmonia e quanto mais a razão trabalhar com a emoção, mais força e potencial a pessoa terá. Em momentos de tensão, de desafios e de crises, as emoções são colocadas a prova e solicitadas para contribuírem com ações racionais que levem a busca de oportunidades e gere desenvolvimento.

A atual crise financeira é um exemplo de situação que exige muito controle emocional. Por conta de um movimento de mercado, até alguns meses atrás a bolsa de valores era tida com um ótimo lugar para aportar investimentos. Por isso, muitas pessoas acabaram comprando papéis por impulso, sem estudar suas ações ou estabelecerem qualquer tipo de planejamento. Com as quedas vertiginosas das bolsas em todo o mundo, os investidores impulsivos estão sofrendo muito mais do que aqueles que sabiam o que estavam fazendo. Isso nos deixa claro que, por mais assertivas que possam parecer no curto prazo, não podemos tomar atitudes pautadas apenas pelo "calor do momento".

A inteligência emocional pode ser desenvolvida, por meio de trabalhos que envolvem algumas competências do indivíduo, ou seja, características mensuráveis que diferenciam o nível de desempenho de uma pessoa em determinada situação. Durante meus trabalhos, procuro me basear nos programas de Coaching desenvolvidos por Daniel Goleman. Por isso, costumo trabalhar cinco áreas distintas:

Eu me conheço - É a área do autoconhecimento, a sinceridade que cada um tem consigo mesmo para avaliar as suas habilidade de maneira verdadeira, abrindo-se para feedbacks, para reconhecer como as suas emoções afetam seu desempenho e a ligação entre o que pensa, sente e sua maneira de agir. Pare alguns minutos antes de enfrentar um desafio que gere alguma tensão emocional e pergunte-se: Qual é a emoção que estou sentindo neste momento? Como eu posso pensar e agir diferente nesta situação?

Eu me gerencio - Aqui busco trabalhar o autocontrole, que permite a pessoa pensar antes de agir, conseguindo, assim, administrar seus impulsos para não explodir e depois se arrepender. Ter a capacidade de adaptar-se as situações para alcançar um objetivo, além de flexibilidade e foco em momentos de pressão são exercícios do auto-gerenciamento. Tenha sempre um objetivo em mente e pense quais seriam os passos para alcançá-lo. Pergunte-se freqüentemente: Qual comportamento construtivo eu posso ter agora para alcançar meu objetivo?

Motivação - Os indivíduos têm um propósito, um motivo para agir. Estar pronto para agarrar as oportunidades, superar os obstáculos e aprender com eles para seguir em frente é muito importante. Saiba que o fracasso é um julgamento em curto prazo e trabalhe constante e incessantemente em busca de resultados positivos. Mobilize pessoas para alcançar a realização. Uma pessoa motivada é sinal de iniciativa e persistência. Reflita: suas decisões são motivadas pelo medo de perder ou pela esperança de ganhar? O que você precisa fazer para alcançar seu objetivo?

Eu conheço os outros - Aqui peço para as pessoas olharem para suas equipes e para as pessoas ao seu redor. É preciso mostrar sensibilidade a perspectiva alheia, buscar maneiras de conquistar a confiança e aumentar o nível de satisfação dos outros. Enxergar as diferenças como oportunidades de desenvolvimento faz toda a diferença. Nesta área se avalia a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendê-lo e entender verdadeiramente o que se passa com ele. Faça uma lista das qualidades, talentos e dificuldades das pessoas ao seu redor. Identificar as pessoas que tem poder e influência nos relacionamentos com a sua equipe pode ajudar no seu próprio posicionamento. Pense também nas idéias pré-concebidas que você tem do seu chefe, clientes e liderados;

Eu gerencio os outros - Aqui exercitamos a liderança situacional, gerenciamos conflitos, colaboramos e trabalhamos em equipe, construímos alianças e desenvolvemos os outros. Nesta área pode-se observar a capacidade de lidar com pessoas difíceis. Desafiar o status quo, ou seja, a maneira como as coisas são é uma forma de avaliar como você gerencia os outros. Aproveite para refletir sobre algo importante que deseja comunicar e se pergunte: O que é mais importante nesta mensagem para mim? E para os outros? Pense, ainda, se existe uma melhor maneira de dizer o que deseja.

Invista em atividades que possam lhe trazer maior equilíbrio emocional, pois isso é valorizado em todas as empresas, ainda que em alguns lugares essa característica receba nomes e descrições diferentes, como "uma equipe com iniciativa", "um líder que alcance resultados e que gerencie crises e processo de mudança". Estamos falando de pessoas com a capacidade de melhorar os relacionamentos dentro do ambiente de trabalho, o que, por sua vez, irá gerar melhores resultados.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

FIFA FUTSAL World Cup - Foto Final

Saindo um pouco do tema central do Blog, mas com ele está também relacionado com esporte, gostaria de dividir com vocês leitores, que estive ontem no Maracananzinho e vi a final da copa do mundo, show em todos os aspectos, tenho abaixo a foto exata do goleiro brasileiro defendendo a penalidade que nos deu o Hexa.


Abraços

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Soninho e seus efeitos!!!!

Quem pensa que dormir depois do almoço é coisa de preguiçoso, está muito enganado. Estudos revelam que siesta aumenta aprendizado e memorização.


Todos sabem que dormir bem ajuda a manter a saúde. Mas o sono ainda é cercado de desconhecimento e mitos, como o de que precisamos dormir 8 horas por dia. "Isso é mentira", diz Marco Túlio de Mello, chefe da disciplina de medicina e biologia do sono do Departamento de Psicobiologia da Unifesp. "Acontece que a média da população precisa de sete horas e 40 minutos de sono para sentir-se bem, mas há os curtos dormidores, que necessitam de menos de seis horas e meia, e os longos, que requerem mais de 8 horas." A "siesta" é outro tema que desperta opiniões controversas. Enquanto uns acham que cochilar depois do almoço é um merecido descanso, outros vêem a prática com pouca tolerância. Mas cada vez mais estudos vêm demonstrando que a soneca traz benefícios físicos, como a recuperação do corpo, e mentais, como o aumento da concentração. "Ela é ótima para quem vai trabalhar à tarde", diz Mello.


Há quem não se adapte, porém, e acorde do cochilo vespertino meio mal humorado ou "grogue". "Mas a maioria se beneficiaria", afirma o psicobiólogo. O ideal, portanto, é que cada um experimente a siesta para saber se ela vai funcionar. E se alguém falar pra você que cochilo é coisa de preguiçoso, diga que um estudo da Universidade de Harvard mostrou que sonecas diárias de 45 minutos são suficientes para turbinar a memória e o aprendizado. Não é um ótimo argumento?




A siesta perfeita


Você pode até usar o carro, baixando os bancos o máximo possível - mas estacione num lugar seguro; Caso haja barulho, use tapa-ouvidos ou ouça música calma. Vale também sons de ondas, de pássaros, o que você considerar relaxante; Feche as janelas, cortinas ou use uma máscara. A escuridão estimula a produção de melatonina, hormônio indutor do sono; segundo os fisioterapeutas, essa é a melhor posição para dormir: corpo de lado, com o travesseiro entre o ombro e o pescoço, e pernas levemente dobradas (pode haver um travesseiro ou almofada entre elas); Faça sua siesta entre 12h e 14h. Nesse período, nossa temperatura tende a cair, estimulando o sono; programe um despertador para dormir entre 20 e 40 minutos, coincidindo o despertar com uma fase de sono leve.


Faça um almoço leve, rico em salada, legumes e frutas. Uma refeição pesada pode derrubar você;
Tome um café antes. A cafeína leva uns 25 minutos para fazer efeito e vai "bater" na hora de acordar. Isso só funciona para não-viciados.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Muita água faz bem para o corpo?

Beber muita água é bom para a saúde?
A água é essencial para o corpo humano, mas a definição de que todas as pessoas necessitam diariamente de dois litros de água pode ser mais um dos "mitos" alimentícios. A obrigação de ingerir líquidos não pode ser fixada. O próprio corpo é quem determina a quantidade necessária, a qual depende de alguns fatores pessoais que estão diretamente relacionados ao sexo, idade, atividade física e até temperatura ambiente.

De acordo com o nutrólogo Maximo Asinelli, o correto é beber água sempre que sentirmos sede: "as pessoas devem criar a consciência de que beber água é uma necessidade do corpo, e é ele quem oficializa essa vontade", afirma. A água em maior quantidade deve ser consumida somente em casos de exceção como febre alta ou durante a prática de esportes. Asinelli ainda releva a importância de que a ingestão exagerada de líquidos tem como conseqüência a dilatação do estômago, fazendo com que a pessoa coma mais. Além disso, existe outro fator que pode gerar mal estar às pessoas: "certo abuso também pode favorecer a diminuição do suco gástrico, que acaba atrapalhando a digestão", frisa o nutrólogo.

Ainda assim, vale ressaltar que o nosso corpo é composto 60% de água e que, em alguns casos, toda essa necessidade pode ser controlada por uma dieta balanceada. Se a pessoa mantiver um consumo freqüente de frutas (as quais tem em composição 90% água) a necessidade do corpo será mínima, e não será preciso que exista uma ingestão forçada do líquido. O ideal afirma o Nutrólogo é de que pessoas que estejam em processo de dietas de redução de pesso bebam água em pequenos "goles" continuamente durante todo o dia e evitem ingerir líquidos durante as refeições.

De qualquer forma, o mais importante é respeitar as vontades do nosso corpo. Lembre-se, como nossos pais já diziam: tudo em excesso faz mal, até água

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Maior Tempo Fazendo Atividades Físicas

Um verdadeiro furação em atividades fisicas, mais de 58h em movimento ultapassando todos os limites do corpo humano. O RankBrasil reconhece e certifica o recorde de “Maior Tempo Fazendo Atividades Físicas” Delson Peixoto dos Santos, 28 anos, carioca, professor de Educação Física especialista em musculação e fisiologia do exercício. Ministra aulas de personal training e de jiu- jitsu, e também conhecido como Homem mais resistente em atividades físicas.

Foram 150.653 flexões abdominais em 34h 15min 55s, 550 km em 24h pedalando em uma bicicleta ergométrica, totalizando 58h 15min 55s de exercícios ininterruptos com apoio da UniSuam e fiscalizados pela Federação de Ginástica do Rio de Janeiro.

Após a conquista do Livro dos Recordes Delson quer pleitear sua inclusão no “Guiness Book”. Apesar do feito, o atleta reclama do reconhecimento, diz ele: “Na Europa ou nos Estados Unidos o atleta atinge marcas importantes e é valorizado, aqui no Brasil esse reconhecimento não existe.
Delson Ficou quase três dias sob um intenso esforço o que é muito complicado. Para continuar obtendo essas marcas ele necessita de apoio e de uma forte estrutura. O recordista carrega uma bagagem de experiência, garra, força, e vontade de vencer grandes desafios, um verdadeiro talento no esporte brasileiro.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Fim de Semana Chegando!!!

Quando hoje sentei para escrever no Blog, pensei nos atletas de final de semana, que aliás são muitos, então pensei em dedicar a postagem de hoje nisso, lembrei que no Blog "cuidando do corpo", da Profª Vânia Almeida, o primeiro na coluna dos blogs favoritos, eu li uma postagem interessante sobre isso, e decidi dividir com vocês

segue o link:

http://cuidandodocorpo.blogspot.com/2008_06_01_archive.html

não deixe também de visitar o blog, que esta semna está informando sobre obesidade.

Abraço e Bom fnal de semana.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Relação entre Dor Física e Dor Psíquica

Qual dor parece ser mais intensa e permanece por mais tempo? A física ou a emocional? Atualmente, através de estudos das neurociências, já se descobriu que mente e cérebro são indissociáveis e que a aquela angústia ou depressão, por exemplo, podem ser muito mais intensas que uma fratura. “O processamento mental da dor e do sofrimento vem sendo mais bem conhecido e já se reconhece que o sofrimento psíquico imposto por um evento doloroso muitas vezes é mais devastador que a própria lesão”, explica a psicóloga Dra. Dirce Perissinotti, coordenadora do grupo de apoio Mulheres que Doem Demais.

O “boom” emocional pode ser tão forte que até pessoas que possuem agenesia congênita da dor (incapacidade de sentir a dor) podem desenvolver algum tipo de dor. É o caso relatado em um estudo de 2003, em que uma paciente, após perder o irmão em acidente automobilístico, adquiriu uma cefaleia tipo tensão por uma semana. “Mesmo em quem não apresenta mecanismos naturais para o desenvolvimento da dor, em situação de grande sofrimento psíquico há o empenho de mecanismo fisiológico correlato à dor – o que leva o indivíduo a sentir dor”, comenta Perissinotti.

A dor ou o fenômeno doloroso vem sendo estudado e explicado cientificamente pela transmissão de inúmeras percepções no seio do sistema nervoso. Por outro lado, ocorrem inevitáveis consequências psicológicas e sociais que, por exemplo, uma dor crônica acarreta. A psicóloga explica: “as repercussões do distúrbio doloroso vão além do aspecto nociceptivo, ou seja, de como seu desenvolvimento se dá no sistema nervoso”.


Dores crônicas


Há ligação visível entre aspectos emocionais e físicos nos processos de dores crônicas. Casos de fortes abalos na vida pessoal viram o estopim para o aparecimento de dores, assim como depressão e somatização aparecem em decorrência de longo período de sofrimento.

Entre as mulheres, a dor crônica geralmente se dá entre os 40 e 50 anos de idade. Além dos probleminhas físicos que aparecem com a idade, é nessa hora que o peso da carreira profissional desestabilizada e os planos de futuro não concretizados pesam.

Em levantamento realizado no Centro de Dor do Hospital 9 de Julho para aferir a qualidade de vida em um grupo de 80 mulheres portadoras de dor crônica, foram constatados que:
- 35,04% relataram ter diminuído a quantidade de tempo que dedicavam ao trabalho, nas últimas 4 semanas, devido à saúde física, assim como 42,34% informaram ter realizado menos tarefas no mesmo período;
- 28,47% responderam que estiveram limitadas para o trabalho, devido a problemas emocionais.
- 24,82% relataram sentir-se desanimadas ou esgotadas a maior parte do tempo.
- 20,44% responderam que a intensidade da sua dor é grave.

Mas o que é dor?

De acordo com a International Association for the Study of Pain, dor é “uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tissular real ou potencial, ou ainda descrita em termos que evocam essa lesão”. O problema está em explicar como, de fato, o fator psíquico incide. “Constata-se que uma das principais causas da emoção dolorosa, cujos mecanismos ainda estão pouco explorados, é que a ambiguidade do termo “dor” em inúmeras línguas contribui para que ela só venha a ser descrita em termos que evocam uma lesão tecidual. Reconhece-se hoje que a dor poderia existir apenas no plano do vivido e na queixa de quem a exprime”, explica Dirce.

E a doutora frisa: “É necessário abrir novos caminhos na pesquisa cientifica para situar corretamente a parte do psiquismo na determinação do fato doloroso como o plano vivencial de quem sofre uma dor, seja ela de que origem for”.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Pedalar!


Andar de bicicleta faz bem à saúde, ao planeta e diminui o trânsito. Vale a pena visitar o site abaixo para ter uma noção geral do exercício, com opinião combinada de médicos e profissionais de Educação Física.
Boa leitura!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Fibromialgia? ãhn!!!! o que é isso?

A fibromialgia caracteriza-se por uma dor crônica que migra por vários pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações. Trata-se de uma doença relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor que atinge, não provoca inflamações nem deformidades físicas, mas pode estar associada a outras patologias reumatológicas o que pode confundir o diagnóstico.

Em estudos norte-americanos e europeus a prevalência encontrada foi de 2,1% nas práticas clínicas de família, 5,7% na clínica geral, 5% a 8% em pacientes hospitalizados e chegando a 14% a 20% dos atendimentos em reumatologia.

Entre os pacientes da fibromialgia, existe forte predominância do sexo feminino (80% a 90% dos casos), com um pico de incidência entre os 30 e os 50 anos, mas pode manifestar-se em crianças, adolescentes e idosos.

A doença acomete mais freqüentemente pessoas de melhor nível social e educacional. Ainda não se conhece a causa exata da fibromialgia. A teoria mais aceita diz que a doença é causada por baixos níveis de um hormônio chamado serotonina. Esse hormônio pode ser encontrado em todas as regiões do corpo e possui um papel importante na regulação da dor e do padrão de sono.
Existem pesquisas confirmando que pessoas que sofrem de fibromialgia possuem baixos níveis sangüíneos de serotonina.

Alguns especialistas acreditam que a fibromialgia é causada por distúrbios no sono, uma vez que pessoas que sofrem do distúrbio não apresentam uma boa fase de relaxamento muscular. Mesmo dormindo mais horas do que o habitual, estas pessoas não conseguem uma recuperação adequada dos níveis de energia.

O papel do sono foi descoberto quando pesquisadores pegaram voluntários normais e impediram que eles entrassem na fase de relaxamento muscular profundo. Uma vez privados deste estágio essencial do sono, todos os voluntários desenvolveram sintomas muito similares àqueles presentes em pessoas com fibromialgia.

A fibromialgia baseia-se na identificação dos pontos dolorosos. Ainda não existem exames laboratoriais complementares que possam orientá-lo. Para que o diagnóstico de fibromialgia possa ser levado em conta, as dores musculares devem estar presentes por, pelo menos, três meses consecutivos, acometendo mais de 11 de uma lista de 18 pontos dolorosos específicos no corpo.

SINTOMAS
Dor generalizada e recidivante;
Fadiga;
Falta de disposição e energia;
Alterações do sono, que é pouco reparador;
Síndrome do cólon irritável;
Sensibilidade durante a micção;
Cefaléia;
Distúrbios emocionais e psicológicos.

DICAS

Evite carregar pesos;
Fuja de situações que possam aumentar o nível de estresse;
Elimine tudo o que possa perturbar seu sono como luz, barulho, colchão incômodo e temperatura desagradável;
Procure posições confortáveis quando for permanecer sentado por muito tempo.

Outras técnicas úteis incluem aplicação de compressas mornas ou massagens sobre os músculos doloridos, acupuntura, psicoterapia (voltada principalmente para técnicas de alívio da tensão e manejo do estresse) e exercícios de relaxamento ou alongamento, como, por exemplo, Pilates. Especialistas apontam que a medida terapêutica mais importante é praticar regularmente exercícios de baixo impacto, como caminhadas, natação, hidroginástica e andar de bicicleta. Além de reduzir o desconforto muscular, a prática destes exercícios três vezes por semana diminui a sensação de fadiga e melhora a qualidade do sono.

Uma vez que não existe cura para a fibromialgia, as chances de alívio completo dos sintomas são pequenas. Contudo, combinando os vários recursos terapêuticos conhecidos, é possível reduzir significativamente os sintomas. O médico especialista que deve ser procurado é o reumatologista.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Músculos de Plástico

Não é de hoje que os homens assumiram sua preocupação com a vaidade. Mas eles não ficaram satisfeitos apenas em abrir espaço na prateleira do banheiro - antes ocupada apenas pela espuma de barbear - para uma série de cosméticos e produtos voltados aos tratamentos estéticos. O público masculino já divide com as mulheres o interesse por próteses de silicone para ressaltar a musculatura, normalmente esculpida com suadas horas de malhação.

Terceira maior fabricante de prótese de silicone do mundo, a brasileira Silimed notou essa tendência e já lançou no mercado próteses para o peitoral masculino. Criado para tratar pessoas com síndrome de Poland - doença que impede o desenvolvimento dos músculos do peito -, esse modelo de prótese já está sendo usado para fins estéticos. E as novidades não param aí.

Segundo Margaret Figueiredo, diretora da Silimed, o interesse masculino promete criar uma nova demanda. "Alguns médicos já estão fazendo cirurgias para ressaltar o bíceps usando implantes pequenos de panturrilha. Se o mercado pedir muito, talvez apareça uma prótese específica para o braço", revela.

Margaret lembra que o desenvolvimento dessas novas próteses teve orientação médica e é resultado de pedidos dos próprios cirurgiões. "Os homens estão muito mais interessados em cirurgia plástica hoje do que antigamente, seja lipo, implante de cabelo, lifting. Então, por que não o implante peitoral?"

ComodidadeSem tempo para freqüentar uma academia como gostariam, os gêmeos Roberto e Maurício Martins aderiram às próteses em 2002 e não se arrependem. "Tínhamos certeza do que realmente queríamos. E pesou a decisão de não usarmos anabolizantes para obter esse resultado", explica Roberto, que também se submeteu a uma bioplastia, técnica que injeta metacrilato - um tipo de acrílico - para remodelar os contornos da face.

O interesse masculino pelas próteses estéticas provoca polêmica. Para alguns médicos, é apenas uma desculpa para se livrar da atividade física. Para outros, os implantes são uma alternativa à malhação. "Qual é a perspectiva de uma prótese num peito envelhecido? Será que isso estará bom daqui a alguns anos?", reflete Ithamar Stocchero, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).Já o também cirurgião plástico Luiz Haroldo Pereira não vê problemas nessa demanda. "Colocada atrás do músculo, a prótese faz com que o peito adquira um aspecto malhado, como se ele tivesse passado anos na academia. Com a vantagem de que não murcha".Para o médico Hans Arteaga, esse novo "modelo" de prótese não vai provocar uma corrida dos homens aos consultórios e aposta na velha musculação. "Em alguns casos específicos de atrofia ou falta do músculo, considero o procedimento viável. Mas sou fanático por esportes e sei que, com atividade física constante, o resultado é atingido em um curto espaço de tempo"

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Os Combustíveis para o Exercício



Tanto atletas de elite, nas competições, quanto pessoas comuns, em suas tarefas domésticas, estão realizando atividade física. Por trás de cada simples movimento de nosso corpo, existe uma complexa coordenação entre vários órgãos, comandada pelo sistema nervoso e envolvendo diversos hormônios. Além disso, como acontece com toda máquina, precisamos de certa quantidade de energia extra nesses momentos, e esta deve ser fornecida prontamente, ou não conseguiremos realizar o trabalho desejado.

Este artigo discute como o corpo obtém energia a partir de moléculas orgânicas combustíveis, presentes nos alimentos que comemos ou em estoques no próprio corpo. Tais moléculas têm propriedades diferentes, sua utilização depende da intensidade e da duração da atividade física e o modo como são usadas respeita uma hierarquia entre os diferentes órgãos e sistemas do organismo.

Costumamos dizer que estamos praticando exercício quando o objetivo da atividade física é o esporte, a promoção da saúde ou a obtenção de uma aparência corporal específica (como emagrecer ou ficar musculoso). Na verdade, praticamos atividade física o tempo inteiro – mesmo dormindo ou repousando gastamos energia para continuar vivos. Já a realização de movimentos determinados, visando alcançar um índice específico (na dança ou no esporte, por exemplo, por lazer ou profissionalmente), pode ser definida como ‘performance’ (ou desempenho). No entanto, a busca obsessiva pelo melhor resultado muitas vezes ultrapassa os limites do funcionamento do corpo, prejudicando a saúde. O mesmo ocorre quando a atividade física é realizada em busca de uma identidade corporal, como no caso das pessoas que querem emagrecer rápido ou ficar muito musculosas e exageram nos recursos utilizados.

O funcionamento do corpo envolve a atuação integrada de diversos órgãos e sistemas. Estes têm estruturas e funções diferenciadas, mas uma análise em nível molecular revela que exibem muitas semelhanças, sobretudo quanto às reações químicas que ali ocorrem. Chamamos de ‘metabolismo’ esse conjunto de reações químicas que caracterizam o estado vital. Elas ocorrem continuamente, aceleradas por enzimas, formando vias de reações seqüenciais altamente integradas e finamente reguladas, para manter nossa máquina corporal estruturada.
Por isso, o tempo inteiro o corpo realiza ‘trabalho’, pois sem este não há organização, e para realizar trabalho o suprimento de energia deve ser contínuo. Chamamos de ‘catabolismo’ o conjunto das vias químicas que liberam energia para processos que realizam trabalho, e de ‘anabolismo’ o conjunto das vias que usam essa energia para construir novas moléculas e manter o organismo funcionando. As reações catabólicas têm de ocorrer na mesma intensidade que as anabólicas para que o sistema atue com perfeição.Para que cada músculo específico seja movimentado na hora certa, com a força e a velocidade ideal, é necessário o comando e a coordenação do sistema nervoso. Este age como um maestro em uma orquestra: não pode falhar em momento algum, e para isso precisa receber um aporte constante de moléculas de glicose, sua principal fonte de energia, além de oxigênio, necessário para a perfeita retirada da energia contida na glicose. Essa regra básica – o aporte constante de glicose e oxigênio ao sistema nervoso – vai determinar como os outros órgãos, inclusive os músculos, podem obter energia durante a atividade física.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Preguiça para Atividade Física pode ser genética - Revista Época


Não tenha vergonha de ser preguiçoso. Pode ser genético. Um estudo do pesquisador americano Tim Lightfoot, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revela que a falta de disposição das pessoas a realizar exercícios físicos pode ser altamente influenciada pela sua formação genética.

Em uma sociedade na qual a boa forma física é superestimada e vista como uma qualidade indispensável, aqueles que não conseguem seguir rigorosos planos de exercícios físicos muitas vezes sentem-se frustrados e atribuem a preguiça de se exercitar à falta de perseverança. No entanto, um recente estudo da Universidade da Carolina do Norte , nos Estados Unidos, sugere que a formação genética das pessoas pode exercer forte influência sobre a vontade – ou não – de se exercitar. Chefe da pesquisa, o cinesiologista (estudioso dos movimentos do corpo) Tim Lightfoot, líder do estudo, afirma que a composição genética pode ser responsável por 84% da capacidade física. “Enquanto alguns camundongos corriam de 10 a 15 km diários, outros entupiam suas rodas de corrida de serragem, para fugir do exercício”, contou a ÉPOCA o cientista. Na entrevista abaixo, Lightfoot diz que o próximo passo da pesquisa é encontrar os genes específicos que controlam a disposição para a atividade física nos humanos.


ÉPOCA - Por que o senhor decidiu estudar a propensão das pessoas à preguiça?

Tim Lightfoot - Começamos os estudos há cerca de 10 anos, quando os dados sugeriam que as pessoas não estavam mais ativas do que nas três décadas anteriores, apesar de todo o esforço feito pelo nosso governo, com as campanhas de saúde pública incentivando o exercício físico. Até então, a maior parte dos cientistas de nossa área acreditava que as pessoas não eram mais ativas por questões ligadas ao ambiente em que vivem – por não estarem próximas de academias, por não se sentirem seguras nos locais em que se exercitam, etc. A explicação não parecia completa o bastante, deveria haver uma outra peça do quebra-cabeças que explicasse tanta preguiça. Por que não pensar que fatores biológicos poderiam influenciar as atividades físicas?


ÉPOCA - Por que os estudos foram feitos em camundongos?

Lightfoot - Camundongos e humanos têm cerca de 95% dos genes iguais. Todas as evidências sugerem que se, há um gene em um camundongo, ele irá trabalhar da mesma forma que em humanos. Assim, quando descobrirmos estes genes, podemos observá-los nos humanos e dizer “ah, então duas pessoas muito ativas têm os mesmos genes funcionando”, ou “estes dois preguiçosos têm os mesmos genes funcionando”.


ÉPOCA - Como o estudo foi feito?

Lightfoot - Como os humanos têm cerca de 35 mil genes, demoraríamos séculos para estudar cada um deles. Optamos por reduzir a abrangência do estudo, e ter uma idéia de onde os genes responsáveis por determinada função estão localizados. Fizemos um mapa quase completo de onde os genes que interferem nas atividades físicas estão e identificamos 17 "lugares" no genoma que determinam quanta atividade se faz. O nosso próximo passo será estudar estes "lugares" ao longo dos próximos cinco anos e procurar os genes específicos que controlam as atividades nos humanos.


ÉPOCA - Existem diferentes níveis de preguiça?

Lightfoot - Descobrimos 36 níveis diferentes em camundongos, que variam do extremamente ativo ao extremamente inativo. Os mais preguiçosos fazem coisas como entupir as rodas de corrida de suas gaiolas de serragem, para não precisarem fazer exercícios, ou usá-las como um banheiro. Já os mais ativos parecem viver para o exercício, e chegam a correr de 10 a 15 quilômetros por dia, o que nos humanos equivaleria a correr de 90 a 110 quilômetros diários!


ÉPOCA - No futuro, a preguiça poderá ser combatida com medicamentos?

Lightfoot - Parece que existem alguns casos intermediários que podem ser farmacologicamente controlados. Contudo, o importante é descobrir que existem diferentes meios de motivar as pessoas a fazer exercícios físicos. Se alguém tem uma pré-disposição a ser inativo, quem sabe existam formas diferentes de motivá-lo. Nos Estados Unidos, algumas empresas pagam para funcionários fazerem exercícios físicos, pois assim seu trabalho rende melhor, e a empresa gasta menos com saúde. Se te pagassem, você se exercitaria mais? Eu, com certeza, sim.


Revista Época - Atividade Física - 21/09/2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Anabolizantes e Sua Saúde - 5

Especialistas alertam: uso contínuo pode levar à morte


O professor de Educação Física Sandro da Cunha Pinto Barbosa faz um alerta para os usuários de anabolizantes: o uso contínuo da droga pode matar. Segundo o especialista, os usuários do produto também podem desenvolver problemas de falta de apetite sexual e até esterilidade.
A ambição de ganhar mais massa muscular e o crescimento proporcionado pelo simples levantamento de peso costumam levar ao consumo dos anabolizantes. "Depois de treinar e ganhar músculos, há quem não fique satisfeito. Percebe que se não usar o anabolizante não vai ficar igual a quem está tomando", diz Sandro da Cunha.

Ele afirma ainda que existe também uma tendência de alteração dramática do ciclo hormonal reprodutor, causando falta de apetite sexual e a diminuição do testículo, que pode atrofiar, e uma queda acentuada na produção de espermatozóides, levando até a esterilidade. Na mulher, ocorre a redução excessiva do teor de gordura corporal, alterando o ciclo menstrual, e atrofiando o ovário. Para o professor de Educação Física, conseguir um corpo escultural e atlético sem a ajuda de anabolizantes depende da genética. "O corpo tem um limite, mas o fator genético influencia. Os negros, por exemplo, têm mais facilidade para ganhar massa muscular", ressalta.

Outro alerta feito por Sandro da Cunha é que os anabolizantes podem causar dependência. Ela pode ser percebida no usuário que continua tomando medicamentos mesmo depois de ter tido conseqüências causadas pela droga como problemas físicos, nervosismo, irritabilidade, efeitos negativos com suas relações com as pessoas. Além disso quando deixam de usá-las apresentam uma série de sintomas desagradáveis.

"Para os que já vêm tomando altas doses há muito tempo e com sintomas de dependência, nem sempre é fácil parar de usar. Quando param podem sentir fadiga, perda de apetite, insônia, redução do desejo sexual, e ainda uma grande vontade de continuar usando anabolizantes. O sintoma mais grave é a depressão, que em casos extremos pode levar à tentativa de suicídio. Nesses casos é necessária a ajuda de um profissional", concluiu Sandro da Cunha.