quarta-feira, 2 de julho de 2008

Dicas para não desistir de malhar

As razões que levam à prática de exercícios devem estar claras para quem pratica, pois elas também interferem nos resultados físicos
A maioria das pessoas quer ter um corpo saudável, em boa forma, mas muitas não sabem bem por onde e como começar a mudar. Quando decidem entrar em uma academia ou optam pelo acompanhamento de um personal trainer, em geral, têm pressa em ver os resultados da malhação e querem fazer tudo ao mesmo tempo. Para que tudo dê realmente certo, alguns cuidados devem ser tomados.
“Antes de qualquer outra coisa, precisam estar bem claros os motivos que despertaram o interesse pela atividade física. Saúde, estética, alto desempenho, sociabilização, anti-estresse são algumas das razões. No entanto, cada atividade tem características muito particulares, assim, cada um desses motivos irá levar a pessoa a determinados resultados”, afirma o educador físico e personal trainer Julio Marchetti. Ele acrescenta que “muitas vezes, a desistência acontece porque a pessoa não está na determinada atividade que de fato escolheu”. É fundamental ressaltar que qualquer atividade física promove melhorias à saúde, mas “desde que seja adequada”, ressalta.
Depois de definir o objetivo que levou à prática de exercícios, é importante conhecer as atividades (características/resultados) com que a pessoa mais se identifica. Se a intenção é incluir exercícios físicos no dia-a-dia, estes devem proporcionar um momento agradável ao indivíduo no momento em que estiver fazendo. Por exemplo: se quer, simplesmente, interagir com outras pessoas, não deve optar pela natação. Ainda que seja uma ótima atividade, a escolha deverá ser outra se o foco for a sociabilização.
Outro detalhe importante é “tropeçar” no local em que os exercícios são realizados. Isso é importantíssimo para os que querem ter uma rotina consistente de atividades físicas. Seja perto do trabalho ou de casa, a academia precisa ser de fácil acesso. Desviar do caminho habitual pode facilitar a desistência naqueles dias de indisposição.
E já que a questão é encontrar a melhor forma de aderir à nova rotina de exercícios, um dos pontos importantes é também o horário escolhido. Manhã, tarde ou noite? Qual é o melhor horário? “Na verdade, cada ser humano funciona de um jeito. Quando não é possível escolher o horário, é importante o professor ajustar a freqüência e a intensidade, pois se deve ter bastante cuidado para que o exercício não interfira negativamente nas outras tarefas do dia”, afirma o personal.
Ao contrário do que muitos pensam, determinadas atividades físicas podem trazer prejuízos e complicações para o praticante. “Se forem empregadas no momento errado ou com intensidade inadequada, podem fazer mal. Portanto, antes de tudo, deve ser feita uma avaliação física e médica, o que vai mostrar a verdadeira condição da pessoa”, alerta Marchetti. Na seqüência, juntamente com o professor escolhido, devem ser traçados objetivos, freqüência, duração e intensidade dos exercícios. Com todas essas informações, o professor tem como prescrever o plano de trabalho mais adequado e, dessa maneira, mais seguro. A permanência e o sucesso de todo o processo dependem dessa adequação.
Para aqueles que querem voltar às atividades e estava “parado” há mais de três meses, ele deve passar por um período de adaptação prática, o que pode levar de três semanas a dois meses. Esse período pode ser um tanto monótono, pois a intensidade dos exercícios é baixa, mas vale a pena esperar o que ainda está para vir.

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