quinta-feira, 28 de agosto de 2008

DESCULPAS AO ESPORTE E AOS ATLETAS BRASILEIROS

Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;
Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;
Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;
Desculpem pela falta de incentivo na base;
Desculpem pela falta de praças esportivas;
Desculpem pelo discurso de que 'o esporte serve para tirar a criança da rua' (é muito pouco se for só isso!);
Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;
Desculpem se muito cedo lhe tiraram o 'esporte-brincadeira' e lhe impuseram o 'esporte-profissão;
Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;
Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um 'exame de faixa;
Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos. Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;
Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;
Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;
Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas; Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;
Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;
Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei> Zico, Lei Pelé, etc.);
Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a 'Lei do Gérson' (coitado do Gérson);
Desculpem pelos secretários de esporte de 'ocasião', cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);
Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;
Desculpem por pensar em organizar 'Olimpíadas' se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios; nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;
Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se 'exilarem' no exterior caso pretendem se aprimorar no esporte;
Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum.
Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;
Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;
Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;
Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;
Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.
Prof. MSc. Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho
Prof. da Secretaria de Educação do DF (cedido à UnB)
Prof. da Universidade Católica de Brasília
Abraços

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Exercícios previnem cancer mesmo em magrinhos

A relação entre obesidade e um risco aumentado de câncer já está estabelecida. Nesses casos, a atividade física pode funcionar como estratégia de prevenção diminuindo a massa corporal gorda e o risco dos tumores.
A dúvida era se o efeito protetor dos exercícios se mantinha nos indivíduos magros. Pesquisadores do governo do Japão realizaram uma pesquisa sobre o impacto dos exercícios sobre o câncer na população japonesa, naturalmente mais magra do que os ocidentais. Durante nove anos, cerca de 80 mil japoneses, que tinham idades entre 45 e 54 anos em 1995, foram acompanhados. Os participantes responderam a questionários sobre sua atividade física.
Os dados recolhidos na pesquisa foram cruzados com os registros nacionais de casos de câncer, para que uma possível relação pudesse ser evidenciada. A quantidade de exercícios está diretamente relacionada à incidência de tumores malignos. A diminuição de risco entre o grupo que mais se exercitava e os menos ativos chegou a 13% nos homens e 27% nas mulheres.
Entre os tumores que tiveram seu risco diminuído estão os de intestino grosso, fígado e pâncreas. Portanto, mesmo que você não esteja acima do peso, não perca tempo e comece logo a se exercitar. A pesquisa japonesa está publicada na edição de agosto da revista médica "American Journal of Epidemiology".

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Metade dos brasileiros não pratica atividade física.

Em tempos de Olimpíadas, o esporte virou notícia. Momento ideal para se refletir sobre os benefícios da atividade física. Embora seja de senso comum que o esporte faz bem à saúde quando bem orientado, o número de praticantes ainda é pequeno no país. Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, metade dos brasileiros não pratica atividade física. O estudo foi feito com 2.012 pessoas entre os 18 e 70 anos e revelou que os homens se exercitam mais do que as mulheres: 60% contra 41%.
A caminhada ou a corrida, ao lado do futebol, é o esporte preferido por 26% dos homens. Entre as mulheres, ela lidera absoluta: tem 31% das preferências. Para o professor de Educação Física da UFMA, Zartú Giglio, o sedentarismo aliado à má alimentação pode provocar sérios danos à saúde, principalmente em relação às doenças cardiovasculares. "Ao longo da vida, a falta de atividade física, principalmente a de natureza aeróbica, predispõe o organismo ao risco de doenças, considerando que o esporte regular fortalece o sistema imunológico”, comenta o professor.
Segundo o professor, o organismo tende a se debilitar com o passar dos anos. "Ao longo da vida há um acúmulo dos malefícios causados pela má alimentação e, por conseguinte ocorrerá a fragilização do organismo", afirma. A pesquisa da SBC foi publicada pela Folha de São Paulo no início do mês. O estudo aponta ainda que o índice de sedentarismo aumenta conforme a pessoa envelhece: enquanto que 39% dos brasileiros, entre 18 e 24 anos, não praticam atividades físicas, 57% dos idosos, entre 60 e 70 anos, levam uma vida sedentária.
E você, se encaixa onde?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A seleção e as Olimpíadas

A seleção Brasileira de futebol...Credo, isto se podemos chamar "aquilo" de seleção, um amontoado, mascarado e sem amor, sem dedicação. Em um jogo na fase inicial, dava-se um passe à direita e olhava-se para a esquerda...porque isso? e a falta de motivação...ahhh


Bando de mascarados!!!!

Inspire-se nisso:


na garra da Ana Cláudia, ginasta, que em 10 anos não receberá o que vocês recebem; que mesmo com a mão deste jeito, estava lá, em uma final olímpica, sem muitas chances, mas eu, e acredito muitos brasileiros tem mais honra em torcer por estes nossos atletas (isso sim, atletas, que se dedicaram 4 anos, não 4 semanas), sem falar nos atletas do Judô, do Boxe, do Atletismo, do que por este bando de enfadonhos chamado seleção.
Nem sequer esboçaram reação, atônitos abservaram o "baile". Mascarados
Vamos lá, ainda nos resta o volei, o futebol feminino, atletismo e outros atletas de verdade, e também nos falta URGENTE, uma boa e fundamentada política de investimento esportivo para o nosso país, que pretende ser sede olímpica.
A seleção de futebol acabou...será um passatempo, assim como é para vocês jogadores.
amanha retomaremos com os assuntos pertinentes ao blog.
Um abraço.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Tendências de Academias

Não é à toa que as academias de ginástica estão sempre inventando novidades. Mesmo quem gosta de se exercitar sabe que uma hora a rotina enjoa e é preciso variar. As mudanças podem ser tão simples quanto permitir que você ouça seu tocador de MP3. Ou inovações como incluir jogos na grade de aulas. Até o ano passado, videogame era brincadeira de sedentário. Mas a Nintendo fez o jogador suar com o Wii Sports e o Wii Fit, que só funcionam se o corpo inteiro se movimentar. O sucesso foi tamanho que o Wii foi parar na academia.

Há três meses, a Upper Academia, no Rio de Janeiro, mantém uma aula chamada Wii Fitness, em que os alunos jogam e o professor orienta sobre a postura e os movimentos. Há duas semanas, a Activa, de São Paulo, transformou duas de suas bicicletas ergométricas em um jogo competitivo – que obriga o jogador a pedalar. Bastou conectá-las a um PlayStation e a uma TV usando um acessório chamado Body Racer para os alunos (especialmente os homens) passarem mais tempo no aquecimento pré-musculação. “A idéia é manter o aluno motivado”, diz Silvio Luiz Dejean, dono da Activa. O equipamento simplificou o que já fazia o Game Bike, bicicleta com jogo que bombou há cerca de três anos. A diferença é que ele custa R$ 450 e pode ser instalado naquela velha bicicleta (ou esteira) de casa que virou cabide.

Também há novidades mais, digamos, calmas. Desde a semana passada, a Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo conta com uma sala de musculação silenciosa. O projeto da Movement, que detém a patente, é manter as anilhas e placas de ferro longe dos esportistas. Com design caprichado e controle eletrônico com tela sensível ao toque, as máquinas ficam separadas das torres de peso por uma parede. Nas academias mais badaladas, a tendência é a convergência, e não só digital. Além de esteiras equipadas com TV, entrada USB para pen drive com dados dos exercícios e leitor de iPod, estão aparecendo aparelhos que trabalham várias partes do corpo de forma integrada.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Idéias diferentes...exercícios igualmente

Cada vez mais exigentes, os alunos das academias de ginástica querem emagrecer com saúde, mas têm pressa em enrijecer os músculos e alcançar condicionamento físico. Para satisfazer gostos e objetivos específicos, as academias criaram aulas mais facadas. Assim, as atividades para o verão de 2009 vão desde treinamentos avançados - para participar de maratonas ou travessias no mar - até queimar calorias com mais alegria - pulando corda ou fazendo embaixadinhas.

As novas modalidades levam os esportes para dentro das academias e também possibilitam que os alunos levem os exercícios para outros lugares, como pular corda, que não é mais brincadeira apenas de criança. Depois de aprender as técnicas dos boxeadores é só levar a cordinha na bagagem das férias. "Há sete tipos de movimentos, usando as mãos e os pés", explica Elena Fernandes, responsável pela manutenção dos programas de onde trabalha. Para a coordenadora das aulas de ginástica Cris Tosta, os alunos gostam de aulas mais fáceis porque, depois de trabalhar, querem mais é relaxar. "Pular corda sai da mesmice e tem coreografias menos complicadas do que na aula de step, por exemplo". Porém, diz ela, eles já sabem o que querem e exigem resultados imediatos.

O trabalho de abdominal feito com bolas em outra academia é exatamente o que a biomédica Fernanda Cabrera, de 27 anos, queria. "O resultado é mais rápido, e fortaleço outras musculaturas. O abdominal convencional ficou sem graça". Segundo a professora Isadora Guimarães, a aula potencializa o exercício fortalecendo também o músculo da coluna, principalmente na região lombar. "A bola tem uma superfície instável ao se equilibrar. É por isso que fortalece o tronco".

Com o aumento do número de corredores amadores, o treino específico ajuda no desempenho fora da academia. Os alunos aprendem, por exemplo, os princípios do treinamento de corrida, como controlar energia, impacto e respiração e contar o tempo.

O médico esportivo Benjamim Apter conta que, com uma avaliação física mais complexa e aparelhos que regulam a graduação dos movimentos e distribuem os pesos independentemente do lado, há menos risco de lesões. "As aulas, de no máximo três alunos, são sempre acompanhadas por um professor. Na academia convencional é difícil entrar naquelas cadeiras e sempre se acaba forçando mais uma perna do que a outra"

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Para Refletir

Vi hoje na Revista Veja desta semana, para quem tem preguiça, ou vive esperando a segunda-feira para começar, aí vai uma frase do triplista Jadel Gregório

" Eu nasci pobre,
fui criado sem pai.
Fui pedreiro. Fui sorveteiro.
Eu andava nas ruas e as pessoas
mudavam de calçada.
Eu me converti ao islamismo num país católico.
Escolhi o salto triplo no país do futebol.
Eu podia ter desistido.
Pare de arrumar desculpas"

Abraços

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Culto ao Corpo! mas, muito além da estética

O exercício, mais do que nunca, está na ordem do dia. Todo mundo quer, agora, entrar em forma custe o que custar. As academias estão sempre cheias, com computadores programados para definir os músculos rapidamente. O problema é que a maioria não se preocupa em fazer uma rigorosa avaliação clínica e funcional dos alunos. A malhação indiscriminada, além de ineficaz, pode causar graves danos à saúde. Exercícios bem orientados melhoram o condicionamento, trabalham o corpo e ajudam na recuperação de problemas musculares e neurológicos. Mas qualquer atividade física, individual ou coletiva só traz benefícios se se levar em conta o ritmo e a resposta de cada pessoa ao trabalho corporal.
Se por um lado o modismo da ginástica estimulou o saudável hábito de exercitar o corpo; por outro, trouxe a obsessão de entrar em forma a qualquer preço. Em nome da estética, muitos excessos são cometidos. Existem muitos conceitos errados sobre exercícios, a começar pela nomenclatura. Por exemplo, a ginástica da moda, a aeróbica. O nome correto, conforme ensinam os livros de biologia, é aeróbia. Mas a função básica de atividades físicas como a aeróbia é melhorar a capacidade dos sistemas circulatório e respiratório, tonificando os músculos e aumentando o rendimento do metabolismo energético do organismo. Para obter resultados, deve-se estabelecer as freqüências cardíacas individuais básica e máxima, esta última medida em testes ergométricos (bicicleta ou esteira) por médicos desportivos. As respostas orgânicas serão obtidas com tempo mínimo de atividades físicas (correr, marchar, andar de bicicleta, nadar, ginástica), de 20 a 50 minutos, dependendo da intensidade da freqüência cardíaca, que deve variar entre 80% e 90%, da freqüência máxima. É muito importante, antes de iniciar qualquer atividade física regular, fazer um exame médico completo, de preferência, realizado por um médico de desporto. Além disso, para quem já passou dos 35 anos, geralmente se pede uma ergometria. Epara mulheres que se aproximam da menopausa, uma densiometria, para avaliar a densidade óssea e controlar a evolução da osteoporose (diminuição do tecido ósseo). O exercício muscular, com intensidade adequada, ajuda na prevenção da osteoporose. Depois dos exames médicos, deve-se realizar ainda uma avaliação funcional. O ideal é submeter a pessoa a uma bateria de testes de pista e campo, incluindo a verificação do equilíbrio, coordenação e potência muscular, conhecidos como teste de força. Além de testes abdominais específicos, já que o abdome é uma das regiões importantes para a manutenção da saúde. Desse modo, pode-se obter um diagnóstico de idoneidade física, isto é, um perfil de aptidão física e individual, a partir do qual cria-se um programa específico, de acordo com os objetivos. Ao elaborar esse programa, além das condições físicas, tem-se que levar em conta as características individuais, como peso, estatura, idade e sexo. Outro ponto que merece muita atenção: toda sessão de ginástica deve ter três etapas, começando pelo aquecimento seguido da aula praticamente dita terminando com o arrefecimento, ou seja, o desaquecimento, volta à calma.
Não se pode deixar também de considerar as limitações da saúde. O step, por exemplo, está simplesmente proibido para quem tem problemas articulares, pressão alta e obesidade por exigir grande esforço, com risco de provocar uma crise hipertensiva ou sobrecarregar as articulações. Quem sofre de reumatismo e artrose deve se exercitar dentro da água para evitar sobrecarga nas articulações. A hidroginástica é indicada também para pessoas com distúrbios vasculares, para idosos, gestantes e os que precisam recuperar os movimentos, como hemiplégicos e paraplégicos. Isso porque a água diminui o peso corporal, tornando o exercício mais fácil. Ocorre que, muitas vezes, os alunos se exercitam com água apenas pela cintura. Quando isso acontece, a vantagem de tornar o exercício mais suave deixa de existir. Isto não é hidroginástica, mas, sim, ginástica molhada. A hidro também produz bons resultados para atletas. Basta aumentar a resistência da água, empurrando-a, por exemplo, com palmilhas, o que torna o exercício muito intenso. A ginástica também é indicada para quem sofre de osteoporose. Já os exercícios com peso, ao contrário do que muita gente pensa, são melhores que os exercícios em máquinas conjugadas. Até mesmo pessoas com mais idade podem fazer musculação, desde que os exercícios e as cargas sejam adequados (pesos mais leves e ritmo mais suave), e a atividade seja executada sob supervisão técnica.
O fato é que a atividade física é imprescindível para a recuperação dos movimentos em pacientes com doenças neurológicas, principalmente em casos de hemiplegia (paralisia de um dos lados do corpo, em conseqüência de Acidente Vascular cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico, e de monoparalisia (diminuição da força do movimento em um só membro). Os exercícios, com aparelhos ou não, visam melhorar a coordenação neuromuscular. No caso de hemiplegia, recomenda-se andar à beira d’água. Quando há perda de movimento e o paciente não consegue levantar o braço, por exemplo, a hidroginástica funciona bem, mas a pessoa que precisa recuperar ou aumentar a força muscular deve fazer exercícios com pesos. Quanto mais cedo o paciente começar a se exercitar, melhor e mais rápida será a recuperação dos movimentos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Atleta Caseiro e exercícios!


Treinar em casa ou na academia do prédio é uma opção para quem não tem tempo de sair ou prefere a comodidade do condomínio. Porém, o que parece fácil pode trazer complicações à saúde e diminuir o aproveitamento dos exercícios se o usuário não cuidar de detalhes que podem resultar em erros. Na opinião dos personal trainers, treinar no prédio pode ser eficaz e seguro, mas deve haver um acompanhamento.
Um equívoco clássico é no ajuste do banco da bicicleta ergométrica. O ideal é que, quando o usuário estique a perna, o joelho fique levemente dobrado, evitando desgastes nos ligamentos e dores nas pernas. Segundo o personal trainer Roberto Calvano do Amaral, joelho e coluna costumam aparecer entre as principais vítimas do exercício errado.
O supino, por exemplo, em que o usuário fica deitado e levanta uma barra para trabalhar os músculos do peito, é um exercício feito errado freqüentemente. “Os pés também têm que estar sobre o banquinho, e não no chão, evitando peso na coluna”, diz Amaral. Além das questões de postura e da amplitude do exercício, o peso exagerado também é comum, segundo o personal César Vinícius Patti, do Conselho Regional de Educação Física de São Paulo.
Um exemplo disso é o exercício de agachamento, em que o excesso de peso e uma posição incorreta podem ser prejudiciais para o joelho. As principais vítimas são as mulheres, por motivos anatômicos. Patti aponta desvantagens no exercício caseiro, como o fato de o usuário não ter uma noção exata do planejamento dos exercícios, por mais que ele já tenha tido aulas em academia.
Ele cita ainda o fato de construtoras improvisarem equipamentos baratos no prédio sem a preocupação de montar uma academia segura e eficiente e sem consultar um profissional. “Há equipamentos de todas as qualidades no mercado. Alguns parecem de brinquedo”.
Para aproveitar o espaço, costumar ser comprados alguns equipamentos multiuso de qualidade ‘suspeita’. A falta de barras para colocação de pesos leves também é outro problema, fazendo com que o praticante colecione alteres nas mãos para chegar ao peso desejado, o que causa acidentes.
Os treinadores realçam que a prática de exercício não deve ser feita sem um exame médico. A visita a um cardiologista e uma avaliação física são desejáveis a partir dos 35 anos ou em pacientes mais novos com sintomas.
O aquecimento também não deve ser deixado de lado. “O ideal é que ele faça uma caminhada junto com alongamento muscular, que irá facilitar a amplitude do exercício. Correr meia hora já é um treino aeróbico. Os músculos também devem ser alongados ao final do exercício”, afirma Amaral.