segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Os Combustíveis para o Exercício



Tanto atletas de elite, nas competições, quanto pessoas comuns, em suas tarefas domésticas, estão realizando atividade física. Por trás de cada simples movimento de nosso corpo, existe uma complexa coordenação entre vários órgãos, comandada pelo sistema nervoso e envolvendo diversos hormônios. Além disso, como acontece com toda máquina, precisamos de certa quantidade de energia extra nesses momentos, e esta deve ser fornecida prontamente, ou não conseguiremos realizar o trabalho desejado.

Este artigo discute como o corpo obtém energia a partir de moléculas orgânicas combustíveis, presentes nos alimentos que comemos ou em estoques no próprio corpo. Tais moléculas têm propriedades diferentes, sua utilização depende da intensidade e da duração da atividade física e o modo como são usadas respeita uma hierarquia entre os diferentes órgãos e sistemas do organismo.

Costumamos dizer que estamos praticando exercício quando o objetivo da atividade física é o esporte, a promoção da saúde ou a obtenção de uma aparência corporal específica (como emagrecer ou ficar musculoso). Na verdade, praticamos atividade física o tempo inteiro – mesmo dormindo ou repousando gastamos energia para continuar vivos. Já a realização de movimentos determinados, visando alcançar um índice específico (na dança ou no esporte, por exemplo, por lazer ou profissionalmente), pode ser definida como ‘performance’ (ou desempenho). No entanto, a busca obsessiva pelo melhor resultado muitas vezes ultrapassa os limites do funcionamento do corpo, prejudicando a saúde. O mesmo ocorre quando a atividade física é realizada em busca de uma identidade corporal, como no caso das pessoas que querem emagrecer rápido ou ficar muito musculosas e exageram nos recursos utilizados.

O funcionamento do corpo envolve a atuação integrada de diversos órgãos e sistemas. Estes têm estruturas e funções diferenciadas, mas uma análise em nível molecular revela que exibem muitas semelhanças, sobretudo quanto às reações químicas que ali ocorrem. Chamamos de ‘metabolismo’ esse conjunto de reações químicas que caracterizam o estado vital. Elas ocorrem continuamente, aceleradas por enzimas, formando vias de reações seqüenciais altamente integradas e finamente reguladas, para manter nossa máquina corporal estruturada.
Por isso, o tempo inteiro o corpo realiza ‘trabalho’, pois sem este não há organização, e para realizar trabalho o suprimento de energia deve ser contínuo. Chamamos de ‘catabolismo’ o conjunto das vias químicas que liberam energia para processos que realizam trabalho, e de ‘anabolismo’ o conjunto das vias que usam essa energia para construir novas moléculas e manter o organismo funcionando. As reações catabólicas têm de ocorrer na mesma intensidade que as anabólicas para que o sistema atue com perfeição.Para que cada músculo específico seja movimentado na hora certa, com a força e a velocidade ideal, é necessário o comando e a coordenação do sistema nervoso. Este age como um maestro em uma orquestra: não pode falhar em momento algum, e para isso precisa receber um aporte constante de moléculas de glicose, sua principal fonte de energia, além de oxigênio, necessário para a perfeita retirada da energia contida na glicose. Essa regra básica – o aporte constante de glicose e oxigênio ao sistema nervoso – vai determinar como os outros órgãos, inclusive os músculos, podem obter energia durante a atividade física.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Preguiça para Atividade Física pode ser genética - Revista Época


Não tenha vergonha de ser preguiçoso. Pode ser genético. Um estudo do pesquisador americano Tim Lightfoot, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, revela que a falta de disposição das pessoas a realizar exercícios físicos pode ser altamente influenciada pela sua formação genética.

Em uma sociedade na qual a boa forma física é superestimada e vista como uma qualidade indispensável, aqueles que não conseguem seguir rigorosos planos de exercícios físicos muitas vezes sentem-se frustrados e atribuem a preguiça de se exercitar à falta de perseverança. No entanto, um recente estudo da Universidade da Carolina do Norte , nos Estados Unidos, sugere que a formação genética das pessoas pode exercer forte influência sobre a vontade – ou não – de se exercitar. Chefe da pesquisa, o cinesiologista (estudioso dos movimentos do corpo) Tim Lightfoot, líder do estudo, afirma que a composição genética pode ser responsável por 84% da capacidade física. “Enquanto alguns camundongos corriam de 10 a 15 km diários, outros entupiam suas rodas de corrida de serragem, para fugir do exercício”, contou a ÉPOCA o cientista. Na entrevista abaixo, Lightfoot diz que o próximo passo da pesquisa é encontrar os genes específicos que controlam a disposição para a atividade física nos humanos.


ÉPOCA - Por que o senhor decidiu estudar a propensão das pessoas à preguiça?

Tim Lightfoot - Começamos os estudos há cerca de 10 anos, quando os dados sugeriam que as pessoas não estavam mais ativas do que nas três décadas anteriores, apesar de todo o esforço feito pelo nosso governo, com as campanhas de saúde pública incentivando o exercício físico. Até então, a maior parte dos cientistas de nossa área acreditava que as pessoas não eram mais ativas por questões ligadas ao ambiente em que vivem – por não estarem próximas de academias, por não se sentirem seguras nos locais em que se exercitam, etc. A explicação não parecia completa o bastante, deveria haver uma outra peça do quebra-cabeças que explicasse tanta preguiça. Por que não pensar que fatores biológicos poderiam influenciar as atividades físicas?


ÉPOCA - Por que os estudos foram feitos em camundongos?

Lightfoot - Camundongos e humanos têm cerca de 95% dos genes iguais. Todas as evidências sugerem que se, há um gene em um camundongo, ele irá trabalhar da mesma forma que em humanos. Assim, quando descobrirmos estes genes, podemos observá-los nos humanos e dizer “ah, então duas pessoas muito ativas têm os mesmos genes funcionando”, ou “estes dois preguiçosos têm os mesmos genes funcionando”.


ÉPOCA - Como o estudo foi feito?

Lightfoot - Como os humanos têm cerca de 35 mil genes, demoraríamos séculos para estudar cada um deles. Optamos por reduzir a abrangência do estudo, e ter uma idéia de onde os genes responsáveis por determinada função estão localizados. Fizemos um mapa quase completo de onde os genes que interferem nas atividades físicas estão e identificamos 17 "lugares" no genoma que determinam quanta atividade se faz. O nosso próximo passo será estudar estes "lugares" ao longo dos próximos cinco anos e procurar os genes específicos que controlam as atividades nos humanos.


ÉPOCA - Existem diferentes níveis de preguiça?

Lightfoot - Descobrimos 36 níveis diferentes em camundongos, que variam do extremamente ativo ao extremamente inativo. Os mais preguiçosos fazem coisas como entupir as rodas de corrida de suas gaiolas de serragem, para não precisarem fazer exercícios, ou usá-las como um banheiro. Já os mais ativos parecem viver para o exercício, e chegam a correr de 10 a 15 quilômetros por dia, o que nos humanos equivaleria a correr de 90 a 110 quilômetros diários!


ÉPOCA - No futuro, a preguiça poderá ser combatida com medicamentos?

Lightfoot - Parece que existem alguns casos intermediários que podem ser farmacologicamente controlados. Contudo, o importante é descobrir que existem diferentes meios de motivar as pessoas a fazer exercícios físicos. Se alguém tem uma pré-disposição a ser inativo, quem sabe existam formas diferentes de motivá-lo. Nos Estados Unidos, algumas empresas pagam para funcionários fazerem exercícios físicos, pois assim seu trabalho rende melhor, e a empresa gasta menos com saúde. Se te pagassem, você se exercitaria mais? Eu, com certeza, sim.


Revista Época - Atividade Física - 21/09/2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Anabolizantes e Sua Saúde - 5

Especialistas alertam: uso contínuo pode levar à morte


O professor de Educação Física Sandro da Cunha Pinto Barbosa faz um alerta para os usuários de anabolizantes: o uso contínuo da droga pode matar. Segundo o especialista, os usuários do produto também podem desenvolver problemas de falta de apetite sexual e até esterilidade.
A ambição de ganhar mais massa muscular e o crescimento proporcionado pelo simples levantamento de peso costumam levar ao consumo dos anabolizantes. "Depois de treinar e ganhar músculos, há quem não fique satisfeito. Percebe que se não usar o anabolizante não vai ficar igual a quem está tomando", diz Sandro da Cunha.

Ele afirma ainda que existe também uma tendência de alteração dramática do ciclo hormonal reprodutor, causando falta de apetite sexual e a diminuição do testículo, que pode atrofiar, e uma queda acentuada na produção de espermatozóides, levando até a esterilidade. Na mulher, ocorre a redução excessiva do teor de gordura corporal, alterando o ciclo menstrual, e atrofiando o ovário. Para o professor de Educação Física, conseguir um corpo escultural e atlético sem a ajuda de anabolizantes depende da genética. "O corpo tem um limite, mas o fator genético influencia. Os negros, por exemplo, têm mais facilidade para ganhar massa muscular", ressalta.

Outro alerta feito por Sandro da Cunha é que os anabolizantes podem causar dependência. Ela pode ser percebida no usuário que continua tomando medicamentos mesmo depois de ter tido conseqüências causadas pela droga como problemas físicos, nervosismo, irritabilidade, efeitos negativos com suas relações com as pessoas. Além disso quando deixam de usá-las apresentam uma série de sintomas desagradáveis.

"Para os que já vêm tomando altas doses há muito tempo e com sintomas de dependência, nem sempre é fácil parar de usar. Quando param podem sentir fadiga, perda de apetite, insônia, redução do desejo sexual, e ainda uma grande vontade de continuar usando anabolizantes. O sintoma mais grave é a depressão, que em casos extremos pode levar à tentativa de suicídio. Nesses casos é necessária a ajuda de um profissional", concluiu Sandro da Cunha.

Anabolizantes e Sua Saúde - 4

Esteróides Anabolizantes e seus efeitos para a saúde

O uso de drogas para aumentar a massa muscular e/ou melhorar a performance esportiva tem sido amplamente discutido e condenado nos meios de comunicação, e é sempre tema de intensos debates. Apesar disso, é surpreendente ver como pouquíssimas pessoas sabem realmente o que são essas drogas, o que elas fazem e quais são os verdadeiros efeitos colaterais. Podemos dizer que os esteróides anabólicos (conhecidos também como bombas ou anabolizantes) são materiais sintéticos similar à testosterona. A testosterona apesar de ser um "hormônio masculino" é encontrada tanto em homens como em mulheres, onde é encontrada em uma quantidade inferior.

A testosterona tem 2 efeitos diferentes no corpo: um efeito androgênico, que influencia as características sexuais masculinas tais como o aumento do pênis e dos testículos, mudanças na voz, crescimento de pêlos na face, axila e áreas genitais, e aumento da agressividade e um efeito anabólico, que influencia coisas como aumento da massa muscular, força, velocidade de recuperação dos músculos e controle dos níveis de gordura corporal. Os esteróides anabólicos foram projetados de tal forma que se diferenciem da testosterona pelo aumento do efeito anabólico e diminuição do efeito androgênico.

Embora muitas dessas drogas possam ser obtidas legalmente em farmácias de manipulação, mediante receita médica, a maioria costuma ser conseguida ilegalmente do ponto de vista comercial, ou seja, contrabandeadas. Não existe ilegalidade na receita e no uso de drogas anabolizantes em geral, visto que essas drogas somente são proibidas pela legislação do "anti-doping" esportivo e portanto de uso ilegal apenas para atletas de competição. As drogas falsificadas não produzem os efeitos pretendidos e, o que é muito pior, são produzidas sem controle de higiene. Para aumentar o número de usuários, as pessoas que comercializam ilegalmente as drogas anabolizantes freqüentemente argumentam com seus clientes que "sabendo usar, não faz mal" (SANTARÉM, 2007).

Dentre outras coisas, os esteróides anabólicos trazem as seguintes conseqüências para o corpo:
· Aumentam a capacidade do corpo de utilizar a proteína, permitindo ao atleta treinar com maior intensidade sem perder massa muscular
· Aumentam a capacidade do corpo de desenvolver massa muscular
· Aumentam a capacidade de o corpo ganhar força
· Aumentam a capacidade de o corpo desenvolver resistência
· Atuam como anti-inflamatórios, ajudando tanto a prevenir como a curar machucados.

Entretanto, esses efeitos não vão acontecer somente pelo simples fato de usá-los. Para ter um resultado satisfatório e sem problemas o uso dos anabolizantes esteróides deve ser associado a uma dieta e acompanhamento profissional, como é o caso de fisiculturistas (atletas). Realmente o uso de esteróides favorece condições necessárias para que as pessoas possam se beneficiar desse regime de treinos mais intensos, sem entrarem em overtraining.

Segundo a Federação Brasileira de Musculação (2007), os efeitos do uso de esteróides comprovados cientificamente são:
· Aumentam as reservas de glicogênio muscular e também o tamanho e a resistência dos músculos
· Promovem um aumento na capacidade do organismo em incorporar proteína em grandes quantidades no músculo
· A resposta do músculo ocorre mais rapidamente quando nas situações de treinamento, alimentação e suplementação
· No sangue atuam aumentando o número de células vermelhas, o volume e a concentração de hemoglobinas
· Aumenta o metabolismo basal (aumentando a queima de calorias)
· Aumenta o tamanho do coração
· Diminui a quebra e a perda de proteína muscular causada pelo treinamento
· Aumentam a atenção e o raciocínio
· Aumentam a autoconfiança, auto-estima e a tolerância à dor, permitindo maior intensidade de treinamento
· Facilitam o fenômeno da memória muscular, tornando mais fácil o retorno em nível de condicionamento físico e de desempenho atlético
· Causam Acne
· Alargam o clitóris
· Alargam a próstata
· Alargam o pênis
· Atrofiam os testículos
· Amarelam a pele e os olhos
· Aumentam o risco coronariano
· Aumentam os níveis do colesterol ruim (LDL)
· Causam Arritmia cardíaca
· Aumentam a pressão arterial
· Causam cãibras, câncer hepático, cansaço crônico, cefaléia grave, cistos renais
· Alteram o comportamento tornando-o agressivo de forma irreversível
· Causam choque anafilático
· Provocam a calvície (sendo irreversível na mulher e reversível no homem)
· Provocam o crescimento de pêlos irreversível nas mulheres
· Causam um crescimento anormal de cabelos
· Diminuem gravemente os níveis de colesterol bom (HDL)
· Provocam dores ósseas
· Causam edemas, retenção hídrica nos tecidos
· Fazem com que as ereções masculinas sejam freqüentes e contínuas
· Causam a esterilidade de modo irreversível
· Escurecem a pele
· Deixam o hálito forte
· Causam insônia
· Provocam Náuseas e vômitos freqüentes
· Mancham a pele
· Causam danos irreversíveis ao feto de mulheres grávidas
· Deixam a pele da mulher oleosa
· Geram perda de peso
· Dificultam urinar
· Sangram o nariz
· Causam tumores hepáticos
· Causam a morte.

O uso indiscriminado dos esteróides trará perigo para a saúde de acordo com os seguintes itens abaixo:
· A forma em que eles são tomados (oral x injetável)
· Que dosagens são usadas
· Por quanto tempo eles são usados
· A idade, o sexo e o estado de saúde do usuário.

É possível obter um corpo muito bom sem o uso de esteróides anabolizantes. Nos Estados Unidos existem diversas associações de "natural bodybuilders" que se dedicam a promover competições e incentivar as pessoas a obterem um bom físico sem o uso de esteróides.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Anabolizantes e Sua Saúde - 3

Anabolizantes peptídeos

Insulina e Hormônio do Crescimento

A mídia especializada em anabolizantes procura focar o uso indiscriminado de anabolizantes esteróides, mas esquece de outros anabolizantes, bastante difundido nas academias, principalmente para aqueles que possuem um melhor poder aquisitivo, já que o custo destes é bem elevado. Os resultados são excelentes e dispensam esforço físico exagerado que os esteróides exigem.

Estamos nos referindo especificamente ao uso associado da insulina + hormônio do crescimento, os quais levam as pessoas ao delineamento das curvas do corpo, perda de peso em curto espaço de tempo. Em um primeiro instante, tudo é uma maravilha, mas em curto espaço de tempo, alguns começam a apresentar sintomas clínicos. Em menos de um ano, esses sintomas são semelhantes aos diabetes mellitus tipo 2 com edemas, hiperglicemia, tremores, hiperfagia por doces e pressão alta.

Nosso alerta é para o público que procura a "lei do menor esforço" para obter objetivos estéticos sem necessitar de dietas ou uma atividade física. Isso não existe! Muitas vezes uma economia, evitando pagar um consulta a um medico ou nutricionista, acarreta vários transtornos à saúde devido uso indiscriminado desses medicamentos, podendo ficar dependente de máquinas de hemodiálise ou internações freqüentes em unidade de terapia intensiva por câncer de fígado ou pâncreas.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Anabolizantes e Sua Saúde - 2

Anabolizantes esteróides

Fazendo uma revisão sobre metabolismo, sabemos que ele é dividido em anabolismo e catabolismo.A palavra anabolismo significa juntar, crescer, ou seja, é a junção de varias moléculas, o que no nosso caso, seriam os aminoácidos, que é a menor partícula das proteínas.

Conhecemos através da mídia a polêmica sobre o uso de anabolizantes esteróides, e não podemos negar seus benefícios sexuais, estéticos e psicológicos. Os sexuais e estéticos já bem explícitos em livros e artigos. Nosso foco atual é esclarecer efeitos colaterais desses hormônios que não se encontram divulgados em literaturas vinculadas à mídia tradicional.

Nossa vida profissional pôde constatar através de exames específicos e históricos clínicos dos próprios usuários, que esses hormônios podem trazer danos à saúde e até mesmo, vários casos de morte pelo seu uso indiscriminado. Observem este relato :

"Doutor, não consigo mais treinar, ir até à academia, sinto muito cansaço, fadiga, minha pressão arterial está ficando alta, usei um diurético e ela não abaixou, não tenho força. Estou ficando irritado, agressivo, não tenho vontade de fazer sexo, a "dura" ( durateston ) não faz efeito, etc. Procurei um psiquiatra que me passou alguns medicamentos, mas não fazem efeito, minha mulher quer engravidar, mas isso parece impossível.".

Essa é a história de 16 pessoas jovens que se encontra em conflito com o seu "eu". O que fazer para curar esses sintomas ? Existe algum remédio milagroso que traga essas pessoas para a vida normal ?

O sintoma clínico acima descrito reflete o desconhecimento de pessoas amadoras que procuram prescrever essas medicações. O que nos chama mais atenção é o numero cada vez maior de jovens que perdem a vida pelo uso indiscriminado e uso de medicação veterinária em altas dosagens, que levam à insuficiência cardíaca e outras doenças cardiovasculares metabólicas e psicológicas.

A depressão, presente nesses casos, geralmente irreversível e de difícil tratamento, é caracterizada por agressividade e em alguns casos apatia intensa, que se agravam com o uso de suplementos alimentares em excesso, mais particularmente pelos seus metabólicos: uréia e amônia, que destroem o fígado e córtex cerebral. Além disso, laboratórios clandestinos estão falsificando essas medicações sem o mínimo de esterilização das embalagens, ocasionando desde hepatite até casos graves de septicemia, que passam despercebidos de alguns profissionais.

Sabemos que não é possível proibir que as pessoas façam esse uso indiscriminado, mas no mínimo, procure saber sua procedência, procurar um profissional médico especializado para saber de suas alterações hormonais, caso contrário, não utilize, pois a estética sem saúde não leva a nada.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Suplementos Energéticos - Parte 5


Clique na imagem para ampliar.
O mais importante de tudo, é você prestar bem atenção na sua alimentação e na sua rotina de atividade física, tendo as duas em harmonia, você terá grande chance de melhorar ou manter a sua qualidade de vida.
Abraços


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Suplementos Energéticos - Parte 4

Shakes


O que são: pós solúveis em leite ou água cuja fórmula contém carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais


Como funcionam: são substitutos de refeições. A diferença para um bom prato de comida é que os shakes quantificam os nutrientes e fazem uma reposição deles sob medida para quem precisa disso


Para quem são indicados: pessoas que praticam exercícios intensos quatro vezes por semana, durante pelo menos uma hora, ou duas vezes ao dia



Efeito, segundo os especialistas: para o exercício, nenhum. Sua única função é repor certos nutrientes na medida correta, o que é útil para quem ficou sem eles depois de uma atividade física intensa – algo que só um nutricionista pode diagnosticar


Quando consumir: na refeição seguinte ao treino


Comentário: jamais usar sem necessidade ou em excesso. Os shakes só podem substituir uma refeição ao dia por no máximo dois meses, porque o organismo ficará carente de nutrientes que eles não ofereçam

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Suplementos Energéticos - Parte 3



Isotônicos



O que são: bebidas com sais minerais, como sódio, cloreto e potássio


Como funcionam: ajudam a repor esses minerais, que são eliminados no suor. Têm uma composição semelhante à da própria célula. Em contato com ela, os nutrientes da bebida migram por osmose – e a reidratam


Para quem são indicados: praticantes de esportes que envolvam corrida (por mais de uma hora) ou atividades físicas sob o sol (durante 45 minutos) – tempo para o corpo começar a se desidratar


Efeito, segundo os especialistas: durante o treino, repõem os minerais no momento em que estes são eliminados, ajudando a evitar a desidratação. Depois da atividade física, aceleram a reposição dos minerais – fazem em meia hora o que ocorreria por meio da alimentação em um dia


Quando consumir: durante o treino ou em até seis horas depois dele


Comentário: não faz sentido beber o isotônico antes do exercício, uma vez que ainda não houve perda de água e sais, nem quando não há uma necessidade específica. A bebida leva carboidratos, cujo excesso faz com que o corpo libere muita insulina. No médio prazo, pode resultar em diabetes e aumento de peso

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Suplementos Energéticos - Parte 2

Protéicos


O que são: barras ou um pó solúvel com 50% de proteínas em sua composição


Como funcionam: as proteínas são absorvidas pelo organismo em meia hora – não em duas, como ocorre com os alimentos. Elas têm papel fundamental na reconstituição do músculo, cujas fibras sempre se rompem, em maior ou menor grau, durante o exercício


Para quem são indicados: pessoas que praticam exercícios com sobrecarga para os músculos pelo menos três vezes por semana, durante uma hora


Efeito, segundo os especialistas: ajudam a recompor os músculos em até 48 horas – algo que o corpo faz, naturalmente, em 72 horas


Quando consumir: até uma hora depois do treino


Comentário: só são úteis para quem faz exercícios pesados com freqüência. Ingeridas sem necessidade, as proteínas se transformarão em gordura e ficarão armazenadas no corpo

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Suplementos Energéticos

A Revista Veja produziu uma matéria sobre os suplementos energéticos e complementos alimentares, como é um assunto dominante, esta semana estaremos postando a sequencia da reportagem.
Os complementos alimentares, indicados a quem sofre de alguma deficiência nutricional ou pratica qualquer atividade física, devem incluir no rótulo uma orientação mais específica: "Recomendável para atletas". É o que pretende a Anvisa, agência responsável pela triagem e classificação dos alimentos. A mudança na legislação tem o objetivo de fornecer uma informação mais precisa sobre o uso de tais complementos. Hoje, muitos são genéricos ao prometer benefícios a todo praticante de atividade física – e muita gente acaba recorrendo a eles sem precisar. A pedido de VEJA, um grupo de especialistas analisou os tipos de complemento alimentar mais vendidos no país e diz: eles, de fato, só devem ser usados por quem pratica um esporte de alta intensidade e com muita frequência (ainda que não seja um atleta). Mesmo assim, só se um nutricionista avaliar ser útil e necessário. Nesses casos, os suplementos podem, sim, se prestar à função de amenizar perdas de nutrientes e neutralizar o desgaste do corpo – além de contribuir para o bom desempenho físico.

Energéticos

O que são: barras, gel ou um pó solúvel em que a concentração de carboidratos é de 90%
Como funcionam: como os carboidratos contidos nos alimentos, mas com a diferença de que estes são absorvidos pelo organismo em um terço do tempo. Eles se quebram e se transformam na glicose que, uma vez nas células, será combustível para um processo químico que resulta em mais energia para o corpo. Como o consumo de energia é maior durante a atividade física, a idéia é fazer um estoque

Para quem são indicados: praticantes de exercícios que exijam grande força física, como musculação ou corrida – somente nos casos em que eles excederem uma hora de duração. Abaixo disso, a alimentação regular é suficiente
Efeito, segundo os especialistas: aumentam em algo como 10% o tempo que o corpo suporta um exercício sem se cansar
Quando consumir: até três horas antes do treino
Comentário: jamais usar em qualquer outra situação que não a de um exercício mais pesado, uma vez que os carboidratos extras não serão gastos e se tornarão gordura

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Psicologia é fator de sucesso no esporte de alto rendimento

Para que uma equipe de alto rendimento seja bem sucedida, não basta que seus atletas estejam fisicamente preparados e que clubes e federações tenham bons patrocinadores. O aspecto psicológico é fundamental para a obtenção de bons resultados. Essa é opinião de Maria Aparecida da Câmara Nery, pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) especialista em psicologia do esporte.
Nery discutirá o tema dia 3 de setembro, no Palácio das Convenções do Anhembi. A palestra faz parte do Fórum Sports Business, evento que reúne especialistas de diversas áreas do esporte. A pesquisadora explicará o conceito de psicologia de esporte enfocando a preparação de equipes e o papel da liderança e da motivação no sucesso das modalidades de alto rendimento.
Segundo Nery, “a preparação psicológica é o grande diferencial de uma equipe. Ela é tão importante quanto os aspectos técnico e prático, porque antes de qualquer treinamento o profissional deve lidar com os relacionamentos pessoais”.
A psicologia começou a ser uma ferramenta importante do esporte entre as décadas de 50 e 60, quando os EUA e a antiga União Soviética disputavam a hegemonia mundial em todas as modalidades. No Brasil, a primeira experiência bem sucedida aconteceu na Copa do Mundo de 1958, quando João Carvalhaes aplicou métodos de acompanhamento psicológico na preparação da seleção que se sagraria campeã do torneio.
A partir dos anos 90, psicologia e esporte se tornaram conceitos inseparáveis. Clubes e federações passaram a investir cada vez mais na preparação integral de seus atletas. Como explica Nery, “a psicologia já faz parte da linguagem do profissional de educação física. Aos poucos esta visão passou a ser uma exigência na sua formação. Treinadores bem sucedidos, como Wanderley Luxemburgo e Felipão, dão grande importância à preparação psicológica e ao aspecto motivacional da equipe”.