Educação Física Energia
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
segunda-feira, 29 de julho de 2019
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Ritmo Circadiano: Relógios Biológicos Dentro do seu Corpo
Imagine o corpo humano como um grande
relógio, ou, melhor ainda, um conglomerado de relógios sincronizados
determinando a hora de acordar, conversar, comer, dormir, etc... Todas as
formas de vida respondem aos ciclos do sol, da lua e das estações: é o relógio
biológico – ou, usando termos mais científicos, o Ritmo Circadiano (Ciclo
Circadiano é uma redundância, uma vez que circadiano já significa "ciclo
de um dia"). Nosso corpo possui mais de 100 ritmos circadianos e a ciência
que os estuda é chamada de Cronobiologia.
Estamos de tal forma habituados a
este relógio interno que muitas vezes sequer lembramos de sua existência. Ele
governa todos nós com um ciclo que é correspondente ao tempo de uma rotação
terrestre. Cada ciclo de 24 horas influencia uma função do nosso corpo:
temperatura, níveis hormonais, ritmo cardíaco, pressão arterial e até mesmo
sensibilidade à dor. O ritmo circadiano mantêm o corpo alerta durante as horas
de claridade (dia) e ajuda-o a relaxar à noite. É capaz até mesmo de nos
acordar pela manhã quando esquecemos de ligar o alarme no relógio da cabeceira.
Infelizmente, ele também nos acorda nos dias em que poderíamos dormir até um
pouco mais tarde...
Nós, os fungos e as moscas ?
Ao estudar espécies tão diferentes
como fungos, moscas, camundongos e outros organismos, os cientistas descobriram
que o relógio biológico é controlado por determinados genes em comum:
pesquisadores da Northwestern University, nos EUA, descobriram que um mesmo
gene, chamado de "gene-relógio", possui a mesma função em moscas e
camundongos. Três genes-relógio em particular são os mesmos em vários
diferentes organismos e parecem formar a base de um relógio rudimentar preservado
em todas as espécies.
Alguns desses genes-relógio também
regulam ou estabilizam a atividade de outros genes, mas ainda não se sabe
exatamente como as proteínas codificadas por estes genes afetam as funções
corporais. Mutações nos genes-relógio geralmente provocam grandes mudanças no
ciclo – em seres humanos, isto significa uma completa incapacidade em
sincronizar o próprio ciclo com o ambiente, resultando em distúrbios do sono e
outros problemas.
Marcapassos do Sistema Circadiano
Nos mamíferos, o relógio biológico
localiza-se numa porção do cérebro chamada Hipotálamo, mais especificamente na
região denominada Núcleo Supraquiasmático (NSQ). Em alguns insetos, o relógio
está na retina dos olhos. Nos pássaros, o relógio pode ser encontrado no
hipotálamo ou na glândula pineal (hipófise). Via de regra, estes relógios estão
vinculados a fotorreceptores que sincronizam o relógio interno com a luz do
sol. As estruturas cerebrais que regulam a geração de ritmos e sua interação
com estímulos cíclicos são chamadas, em conjunto, de Sistema Circadiano.
A luz solar ao atingir
fotorreceptores na retina do mamíferos, desencadeia estímulos que viajam até o
cérebro através do nervo óptico. No cérebro, estes estímulos dirigem-se ao NSQ,
determinando os períodos do ciclo. As fibras nervosas também levam sinais do
Sistema Nervoso Central para a hipófise, afetando diversos níveis hormonais.
Por exemplo: os níveis de cortisol
(um hormônio que afeta o metabolismo e o sistema imune), são maiores entre 6 e
8 da manhã, diminuindo gradualmente durante o dia. Ao mudar o padrão de sono, o
pico de cortisol se adapta em correspondência. O hormônio do crescimento (GH),
por sua vez, aumenta com o sono em crianças – os níveis máximos são atingidos
nas primeiras duas horas de sono. Se a criança apresenta distúrbios do sono, a
produção de GH cai, prejudicando seu desenvolvimento.
Os derrames e os ataques cardíacos
são mais comuns no período da manhã do que em qualquer outro horário do dia.
Muitas pessoas podem pensar que não é seguro, então, exercitar-se pela manhã.
Todavia, a culpa não está no exercício, mas nas alterações presentes no corpo
no período matutino: o sangue se coagula mais rapidamente por volta das 8 horas
da manhã e a pressão também se eleva neste horário, permanecendo assim até o
final da tarde (quando começa a cair, atingindo seu ponto mais baixo durante a
noite). Estas alterações ocorrem independentemente da atividade física.
Exercícios são benéficos em qualquer hora do dia.
Ainda, atletas experimentam picos de
temperatura, força e flexibilidade no final da tarde – e este é o melhor
período do dia para competirem. À tarde, a sensibilidade à dor também é menor e
são necessárias doses menores de anestesia para obter os efeitos desejados.
Danos ao NSQ interrompem ou eliminam
o ritmo diário nos animais. Este marcapasso também pode ser regulado por
estímulos não-luminosos, como exercícios, drogas, neurotransmissores e
hormônios. À medida em que envelhecemos, o marcapasso cerebral perde células,
alterando os ritmos circadianos – e isto pode explicar o ritmo
"desregulado" de pessoas mais idosas.
É possível que existam outros
marcapassos nos mamíferos. Por exemplo, existem evidências de que um segundo
marcapasso sincronizem o comportamento com ciclos diários de disponibilidade de
alimento. Algumas evidências apontam para a existência de marcapassos que
regulam o ciclo diário de temperatura do corpo e outros ritmos associados.
E essa tal de melatonina ?
Os batimentos do relógio interno são
controlados pela produção de Melatonina pelo corpo. A melatonina é um hormônio
secretado pela hipófise e pode ser encarada como o óleo que lubrifica o
relógio. À medida em que envelhecemos, o corpo produz quantidades menores de
melatonina.
A hipófise é influenciada pela luz e
a melatonina nos deixa sonolentos. Assim, a hipófise diminui a produção de
melatonina durante o dia - mantendo-nos alertas - e aumenta sua produção à
noite.
Regulando seu relógio
Dormir uma ou duas horas mais tarde
além do horário habitual também pode causar problemas. É mais difícil acordar
na manhã seguinte e não raramente passamos o dia irritados e com dor de cabeça.
Isto pode não ser simplesmente "falta de uma noite bem dormida", mas
uma anormalidade no ritmo circadiano. Neste caso, a pessoa está em um ritmo
onde o corpo quer descansar das 4 da manhã até às 5 da tarde.
Manter um horário regular para o sono
e as refeições, praticar exercícios durante o dia (e não à noite, aumentando a
carga circulante de adrenalina e prejudicando o sono) e relaxar por alguns
minutos antes de ir para a cama são táticas que ajudam o bom funcionamento do
relógio biológico.
Avanços na pesquisa do ciclo
circadiano
Uma das descobertas mais importantes
dos últimos 10 anos, abordando o ritmo circadiano dos mamíferos, foi a
percepção de que os ritmos podem ser modificados com alguns estímulos: a
exposição a luzes especiais em certos períodos pode regular o relógio,
aliviando sintomas de insônia e outras alterações do sono, até mesmo melhorando
certos quadro depressivos. Exercícios noturnos também podem ser úteis quando se
precisa modificar o relógio.
Algumas pesquisas sugerem que a
Melatonina, administrada em períodos específicos, pode ser útil para corrigir
os ritmos diários, ajudando a vencer os sintomas de jet-lag e outros distúrbios
do sono.
(Jet-lag é um distúrbio causado por
viagens com grandes mudanças de fuso horário. O viajante experimenta dores de
cabeça, irritabilidade e uma incômoda sensação de mal-estar. Jogadores de
futebol, por exemplo, sofrem de Jet-lag quando viajam para jogos
internacionais, e isto pode interferir no seu desempenho atlético).
Muitos laboratórios analisam a
anatomia e a eletrofisiologia do NSQ. As células do núcleo são
extraordinariamente robustas e mantêm seu ritmo de 24 horas mesmo quando
isolados ou cultivadas em meios de cultura. No futuro, acredita-se que elas
poderão ser transplantadas para animais arrítmicos, restaurando seu relógio
interno.
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
Musculação para crianças e adolescentes
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Riscos e Benefícios
Atualmente, fatores como o aumento da violência, o avanço da tecnologia e a falta de tempo têm imposto aos indivíduos um estilo de vida cada vez menos saudável. Essa realidade é ainda mais evidente no que diz respeito às crianças, que passam a maior parte do tempo assistindo à televisão ou em frente ao computador, construindo, desde os primeiros anos de vida, um perfil característico do sedentarismo. Sabe-se que essa inatividade pode contribuir para o aumento do peso corporal e, conseqüentemente, para o desenvolvimento de diversas doenças . Sendo assim, o ideal seria implementar um programa de atividades físicas, associado a uma melhora do perfil nutricional, no cotidiano de crianças e adolescentes, em busca da promoção de uma melhor qualidade de vida. A elaboração de um programa de atividades físicas para crianças e adolescentes requer alguns cuidados, a começar pela escolha da atividade. É comum o discurso, mesmo entre a comunidade médica, que nestas faixas etárias a melhor opção seria a prática de esportes como vôlei, natação, futebol, entre outros. Isso é uma verdade quanto ao componente lúdico, o que atrai mais facilmente o jovem e torna a atividade mais prazerosa. Por outro lado, ao contrário da crença popular, esse tipo de atividade é semelhante ou até mais sujeito à ocorrência de lesões do que a execução de exercícios físicos sistemáticos como acontece Na Musculação. Hoje, embora tenha sido massificado que a musculação pode promover diversos benefícios à saúde física e mental em diferentes idades , ainda se mantém alguns mitos e equívocos quando o foco é direcionado para o treinamento de indivíduos em fase de crescimento. A idéia mais difundida e o principal motivo de contra-indicação da musculação por médicos é que esta causaria a interrupção precoce do crescimento. Essa crença advém do fato que, nos ossos longos, o crescimento se dá em uma parte mais frágil, chamada placa epifisária. Ao se submeter o osso a sobrecargas extenuantes, estas placas podem ser lesionadas provocando a interrupção precoce do processo de crescimento. Entretanto, as evidências científicas, praticamente em sua totalidade, sinalizam que a Musculação, quando realizado dentro de parâmetros de segurança e bem orientado, não influencia negativamente o crescimento. A principal orientação quando se prescreve a musculação para crianças e adolescentes é que sejam evitadas cargas máximas ou próximas do máximo, permitindo a execução de 8 a 15 repetições . Sendo assim, pode-se perceber que alguns esportes de força, impõem sobrecargas até mesmo superiores a força máxima que o indivíduo consegue realizar. O mesmo pode ser observado, por exemplo, com um simples salto realizado durante a prática do vôlei, proporcionando elevado impacto sobre a articulação do joelho. Mesmo assim essas atividades são livremente realizadas sem causar muita preocupação entre os pais e médicos. Outras recomendações no que diz respeito a Musculação é que sejam preferencialmente selecionados exercícios que trabalhem simultaneamente diversos grupos musculares e que os movimentos sejam executados por toda amplitude de movimento. Não foi apenas a falsa concepção de que a musculação atrapalharia o crescimento que a manteve por tanto tempo afastada da realidade de crianças e adolescentes. Também se acreditava que esta seria ineficaz, já que nesta idade o sistema endócrino ainda está em desenvolvimento e alguns hormônios necessários para o crescimento da massa muscular ainda são pouco produzidos. Hoje se sabe que mesmo crianças podem obter ganhos em força com a prática da musculação, principalmente devido a adaptações do sistema neural. Outro engano é atribuir a Musculação efeitos negativos sobre a flexibilidade. Evidências científicas mostram que, na verdade, a musculação não atrapalha esta qualidade física ou, até mesmo, torna as crianças e adolescentes mais flexíveis. Além dos ganhos em força e flexibilidade, outros benefícios que crianças e adolescentes podem adquirir ao incluir a prática da musculação em suas rotinas são: melhora da coordenação e da habilidade motora geral; melhora do desempenho em atividades desportivas, com, inclusive, redução da incidência de lesões durante sua prática; melhora do perfil lipídico (colesterol); aumento da densidade mineral óssea, importante fator no futuro quando a osteopenia e osteroporose podem ser um problema; e, até mesmo, melhora de aspectos psicológicos como o aumento da auto-estima. Alguns estudos mostram, que a Musculação pode promover melhorias na composição corporal como a redução do percentual de gordura. Outro importante fator que merece destaque é que indivíduos que começam a praticar a musculação desde cedo podem ser mais propícios a manter hábitos saudáveis para o futuro, contribuindo para a promoção e manutenção da saúde e qualidade de vida durante o processo de envelhecimento. Como se pode perceber, ao contrário de especulações supervalorizadas e de argumentações defasadas e sem fundamentação científica, a prática da musculação, quando realizada de forma consciente e sob supervisão profissional, pode e deve ser implementada no dia a dia de crianças e adolescentes, proporcionando benefícios a curto e longo prazo com bastante segurança. Prof. Esp. e Personal Trainer Daniel Raddi Cref 020375-G/SP raddifitness@hotmail.com
Gazeta do Rio Pardo - Musculação - 24/07/2008
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segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Inteligência emocional, passaporte para o sucesso
O mercado está em constante transformação e, por isso, é preciso estar
atento as suas novas exigências. Quando pensamos nas características que as
grandes empresas buscam em um bom profissional, por exemplo, podemos notar que
houve uma grande mudança de referencial nos últimos anos. Se antes o desejado
era aquela pessoa com alto grau de conhecimento técnico, que produzia muito em
pouco tempo, hoje o mais buscado é o profissional que também administra as suas
emoções de maneira inteligente e ainda consegue alcançar bons resultados.
As novas gerações apresentam uma grande similaridade entre no que diz respeito à sua formação técnica. Muitos já possuem graduação, pós-graduação e MBA por volta dos 28 anos, mas ainda continua difícil encontrar quem sabe controlar suas emoções em busca de objetivos pessoais que estejam alinhados aos interesses da empresa. Isso é um ponto fundamental no processo de desenvolvimento e aprimoramento profissional de um indivíduo.
As novas gerações apresentam uma grande similaridade entre no que diz respeito à sua formação técnica. Muitos já possuem graduação, pós-graduação e MBA por volta dos 28 anos, mas ainda continua difícil encontrar quem sabe controlar suas emoções em busca de objetivos pessoais que estejam alinhados aos interesses da empresa. Isso é um ponto fundamental no processo de desenvolvimento e aprimoramento profissional de um indivíduo.
Um indivíduo emocionalmente inteligente consegue mobilizar suas emoções
estrategicamente para alcançar suas metas. Para isso, ele consegue reconhecer,
aceitar, escolher e gerenciar o que sente durante as mais diversas situações.
Conheço muitas pessoas que deixaram de alcançar melhores cargos por terem
perdido o equilíbrio em determinado momento. Quem nunca teve vontade de mandar
tudo para o ar? Acredito que a maioria de nós. O importante é saber que isso
pode nos aliviar na hora, mas será que não trará problemas depois?
O ser humano é racional e emocional, invariavelmente e ao mesmo tempo.
Por isso, quando alguém dizer que você precisa ser mais isso ou aquilo tome
cuidado. Costumo ilustrar essa situação da seguinte maneira: imagine um goleiro
que vai defender um pênalti sem um dos braços. Impossível, não é? O mesmo
aconteceria com uma pessoa que eliminasse a razão ou a emoção de seu dia a dia.
Precisamos buscar a harmonia e quanto mais a razão trabalhar com a emoção, mais
força e potencial a pessoa terá. Em momentos de tensão, de desafios e de
crises, as emoções são colocadas a prova e solicitadas para contribuírem com
ações racionais que levem a busca de oportunidades e gere desenvolvimento.
A atual crise financeira é um exemplo de situação que exige muito
controle emocional. Por conta de um movimento de mercado, até alguns meses
atrás a bolsa de valores era tida com um ótimo lugar para aportar
investimentos. Por isso, muitas pessoas acabaram comprando papéis por impulso,
sem estudar suas ações ou estabelecerem qualquer tipo de planejamento. Com as
quedas vertiginosas das bolsas em todo o mundo, os investidores impulsivos
estão sofrendo muito mais do que aqueles que sabiam o que estavam fazendo. Isso
nos deixa claro que, por mais assertivas que possam parecer no curto prazo, não
podemos tomar atitudes pautadas apenas pelo "calor do momento".
A inteligência emocional pode ser desenvolvida, por meio de trabalhos
que envolvem algumas competências do indivíduo, ou seja, características
mensuráveis que diferenciam o nível de desempenho de uma pessoa em determinada
situação. Durante meus trabalhos, procuro me basear nos programas de Coaching
desenvolvidos por Daniel Goleman. Por isso, costumo trabalhar cinco áreas
distintas:
- Eu me conheço - É a área do
autoconhecimento, a sinceridade que cada um tem consigo mesmo para avaliar
as suas habilidade de maneira verdadeira, abrindo-se para feedbacks, para
reconhecer como as suas emoções afetam seu desempenho e a ligação entre o
que pensa, sente e sua maneira de agir. Pare alguns minutos antes de
enfrentar um desafio que gere alguma tensão emocional e pergunte-se: Qual
é a emoção que estou sentindo neste momento? Como eu posso pensar e agir
diferente nesta situação?
- Eu me gerencio - Aqui busco trabalhar o
autocontrole, que permite a pessoa pensar antes de agir, conseguindo,
assim, administrar seus impulsos para não explodir e depois se arrepender.
Ter a capacidade de adaptar-se as situações para alcançar um objetivo,
além de flexibilidade e foco em momentos de pressão são exercícios do
auto-gerenciamento. Tenha sempre um objetivo em mente e pense quais seriam
os passos para alcançá-lo. Pergunte-se freqüentemente: Qual comportamento
construtivo eu posso ter agora para alcançar meu objetivo?
- Motivação - Os indivíduos têm um
propósito, um motivo para agir. Estar pronto para agarrar as
oportunidades, superar os obstáculos e aprender com eles para seguir em
frente é muito importante. Saiba que o fracasso é um julgamento em curto
prazo e trabalhe constante e incessantemente em busca de resultados
positivos. Mobilize pessoas para alcançar a realização. Uma pessoa
motivada é sinal de iniciativa e persistência. Reflita: suas decisões são
motivadas pelo medo de perder ou pela esperança de ganhar? O que você
precisa fazer para alcançar seu objetivo?
- Eu conheço os outros - Aqui peço para as pessoas
olharem para suas equipes e para as pessoas ao seu redor. É preciso
mostrar sensibilidade a perspectiva alheia, buscar maneiras de conquistar
a confiança e aumentar o nível de satisfação dos outros. Enxergar as
diferenças como oportunidades de desenvolvimento faz toda a diferença.
Nesta área se avalia a capacidade de se colocar no lugar do outro,
compreendê-lo e entender verdadeiramente o que se passa com ele. Faça uma
lista das qualidades, talentos e dificuldades das pessoas ao seu redor.
Identificar as pessoas que tem poder e influência nos relacionamentos com
a sua equipe pode ajudar no seu próprio posicionamento. Pense também nas
idéias pré-concebidas que você tem do seu chefe, clientes e liderados;
- Eu gerencio os outros - Aqui exercitamos a
liderança situacional, gerenciamos conflitos, colaboramos e trabalhamos em
equipe, construímos alianças e desenvolvemos os outros. Nesta área pode-se
observar a capacidade de lidar com pessoas difíceis. Desafiar o status
quo, ou seja, a maneira como as coisas são é uma forma de avaliar como
você gerencia os outros. Aproveite para refletir sobre algo importante que
deseja comunicar e se pergunte: O que é mais importante nesta mensagem
para mim? E para os outros? Pense, ainda, se existe uma melhor maneira de
dizer o que deseja.
Invista em atividades que possam lhe trazer maior equilíbrio emocional,
pois isso é valorizado em todas as empresas, ainda que em alguns lugares essa
característica receba nomes e descrições diferentes, como "uma equipe com
iniciativa", "um líder que alcance resultados e que gerencie crises e
processo de mudança". Estamos falando de pessoas com a capacidade de
melhorar os relacionamentos dentro do ambiente de trabalho, o que, por sua vez,
irá gerar melhores resultados.
* Carlos Cruz atua
como Coach Executivo e de Equipes, Conferencista em Desenvolvimento Humano e
Diretor da UP TREINAMENTOS & CONSULTORIA.
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
O que é Fibromialgia?
A fibromialgia caracteriza-se por uma dor crônica que migra por vários
pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações.
Trata-se de uma doença relacionada com o funcionamento do sistema nervoso
central e o mecanismo de supressão da dor que atinge, não provoca inflamações
nem deformidades físicas, mas pode estar associada a outras patologias
reumatológicas o que pode confundir o diagnóstico.
Em estudos norte-americanos e europeus a prevalência encontrada foi de
2,1% nas práticas clínicas de família, 5,7% na clínica geral, 5% a 8% em
pacientes hospitalizados e chegando a 14% a 20% dos atendimentos em
reumatologia.
Entre os pacientes da fibromialgia, existe forte predominância do sexo
feminino (80% a 90% dos casos), com um pico de incidência entre os 30 e os 50
anos, mas pode manifestar-se em crianças, adolescentes e idosos.
A doença acomete mais freqüentemente pessoas de melhor nível social e
educacional.
Ainda não se conhece a causa exata da fibromialgia. A teoria mais
aceita diz que a doença é causada por baixos níveis de um hormônio chamado
serotonina. Esse hormônio pode ser encontrado em todas as regiões do corpo e
possui um papel importante na regulação da dor e do padrão de sono.
Existem pesquisas confirmando que pessoas que sofrem de fibromialgia
possuem baixos níveis sangüíneos de serotonina.
Alguns especialistas acreditam que a fibromialgia é causada por
distúrbios no sono, uma vez que pessoas que sofrem do distúrbio não
apresentam uma boa fase de relaxamento muscular. Mesmo dormindo mais horas do
que o habitual, estas pessoas não conseguem uma recuperação adequada dos
níveis de energia.
O papel do sono foi descoberto quando pesquisadores pegaram
voluntários normais e impediram que eles entrassem na fase de relaxamento
muscular profundo. Uma vez privados deste estágio essencial do sono, todos os
voluntários desenvolveram sintomas muito similares àqueles presentes em
pessoas com fibromialgia.
A fibromialgia baseia-se na identificação dos pontos dolorosos. Ainda
não existem exames laboratoriais complementares que possam orientá-lo. Para
que o diagnóstico de fibromialgia possa ser levado em conta, as dores
musculares devem estar presentes por, pelo menos, três meses consecutivos,
acometendo mais de 11 de uma lista de 18 pontos dolorosos específicos no
corpo.
SINTOMAS
DICAS
Outras técnicas úteis incluem aplicação de compressas mornas ou
massagens sobre os músculos doloridos, acupuntura, psicoterapia (voltada
principalmente para técnicas de alívio da tensão e manejo do estresse) e
exercícios de relaxamento ou alongamento, como, por exemplo, Pilates.
Especialistas apontam que a medida terapêutica mais importante é
praticar regularmente exercícios de baixo impacto, como caminhadas, natação,
hidroginástica e andar de bicicleta. Além de reduzir o desconforto muscular,
a prática destes exercícios três vezes por semana diminui a sensação de
fadiga e melhora a qualidade do sono.
Uma vez que não existe cura para a fibromialgia, as chances de alívio
completo dos sintomas são pequenas. Contudo, combinando os vários recursos
terapêuticos conhecidos, é possível reduzir significativamente os sintomas.
O médico
especialista que deve ser procurado é o reumatologista.
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Diário do Grande ABC - Saúde - 18/09/2008
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segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Complementos alimentares
Os
complementos alimentares, indicados a quem sofre de alguma deficiência
nutricional ou pratica qualquer atividade física, devem incluir no rótulo uma
orientação mais específica: "Recomendável para atletas".
É o que pretende
a Anvisa, agência responsável pela triagem e classificação dos alimentos. A
mudança na legislação tem o objetivo de fornecer uma informação mais precisa
sobre o uso de tais complementos. Hoje, muitos são genéricos ao prometer
benefícios a todo praticante de atividade física – e muita gente acaba
recorrendo a eles sem precisar. A pedido de VEJA, um grupo de especialistas
analisou os tipos de complemento alimentar mais vendidos no país e diz: eles,
de fato, só devem ser usados por quem pratica um esporte de alta intensidade e
com muita freqüência (ainda que não seja um atleta). Mesmo assim, só se um
nutricionista avaliar ser útil e necessário. Nesses casos, os suplementos
podem, sim, se prestar à função de amenizar perdas de nutrientes e neutralizar
o desgaste do corpo – além de contribuir para o bom desempenho
físico.
Energéticos
O que são: barras, gel ou um pó solúvel em que a concentração de
carboidratos é de 90%
Como
funcionam: como os carboidratos contidos
nos alimentos, mas com a diferença de que estes são absorvidos pelo organismo
em um terço do tempo. Eles se quebram e se transformam na glicose que, uma vez
nas células, será combustível para um processo químico que resulta em mais
energia para o corpo. Como o consumo de energia é maior durante a atividade
física, a idéia é fazer um estoque
Para quem são
indicados: praticantes de exercícios que
exijam grande força física, como musculação ou corrida – somente nos casos em
que eles excederem uma hora de duração. Abaixo disso, a alimentação regular é
suficiente
Efeito,
segundo os especialistas: aumentam em
algo como 10% o tempo que o corpo suporta um exercício sem se cansar
Quando
consumir: até três horas antes do treino
Comentário: jamais usar em qualquer outra situação que não a de um exercício
mais pesado, uma vez que os carboidratos extras não serão gastos e se tornarão
gordura
Protéicos
O que são: barras ou um pó solúvel com 50% de proteínas em sua composição
Como
funcionam: as proteínas são absorvidas
pelo organismo em meia hora – não em duas, como ocorre com os alimentos. Elas
têm papel fundamental na reconstituição do músculo, cujas fibras sempre se
rompem, em maior ou menor grau, durante o exercício
Para quem são
indicados: pessoas que praticam
exercícios com sobrecarga para os músculos pelo menos três vezes por semana,
durante uma hora
Efeito,
segundo os especialistas: ajudam a
recompor os músculos em até 48 horas – algo que o corpo faz, naturalmente, em
72 horas
Quando
consumir: até uma hora depois do treino
Comentário: só são úteis para quem faz exercícios pesados com freqüência.
Ingeridas sem necessidade, as proteínas se transformarão em gordura e ficarão
armazenadas no corpo
Isotônicos
O que são: bebidas com sais minerais, como sódio, cloreto e potássio
Como
funcionam: ajudam a repor esses minerais,
que são eliminados no suor. Têm uma composição semelhante à da própria célula.
Em contato com ela, os nutrientes da bebida migram por osmose – e a reidratam
Para quem são
indicados: praticantes de esportes que
envolvam corrida (por mais de uma hora) ou atividades físicas sob o sol
(durante 45 minutos) – tempo para o corpo começar a se desidratar
Efeito,
segundo os especialistas: durante o
treino, repõem os minerais no momento em que estes são eliminados, ajudando a
evitar a desidratação. Depois da atividade física, aceleram a reposição dos
minerais – fazem em meia hora o que ocorreria por meio da alimentação em um dia
Quando
consumir: durante o treino ou em até seis
horas depois dele
Comentário: não faz sentido beber o isotônico antes do exercício, uma vez
que ainda não houve perda de água e sais, nem quando não há uma necessidade
específica. A bebida leva carboidratos, cujo excesso faz com que o corpo libere
muita insulina. No médio prazo, pode resultar em diabetes e aumento de peso
Shakes
O que são: pós solúveis em leite ou água cuja fórmula contém carboidratos,
proteínas, gorduras, vitaminas e minerais
Como
funcionam: são substitutos de refeições. A
diferença para um bom prato de comida é que os shakes quantificam os nutrientes
e fazem uma reposição deles sob medida para quem precisa disso
Para quem são
indicados: pessoas que praticam exercícios
intensos quatro vezes por semana, durante pelo menos uma hora, ou duas vezes ao
dia
Efeito,
segundo os especialistas: para o
exercício, nenhum. Sua única função é repor certos nutrientes na medida
correta, o que é útil para quem ficou sem eles depois de uma atividade física
intensa – algo que só um nutricionista pode diagnosticar
Quando
consumir: na refeição seguinte ao treino
Comentário: jamais usar sem necessidade ou em excesso. Os shakes só podem
substituir uma refeição ao dia por no máximo dois meses, porque o organismo
ficará carente de nutrientes que eles não ofereçam
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
Exercícios previnem câncer mesmo em magrinhos
A relação entre obesidade e um risco
aumentado de câncer já está estabelecida. Nesses casos, a atividade física pode
funcionar como estratégia de prevenção diminuindo a massa corporal gorda e o
risco dos tumores.
A dúvida era se o efeito protetor dos exercícios se mantinha nos indivíduos magros. Pesquisadores do governo do Japão realizaram uma pesquisa sobre o impacto dos exercícios sobre o câncer na população japonesa, naturalmente mais magra do que os ocidentais. Durante nove anos, cerca de 80 mil japoneses, que tinham idades entre 45 e 54 anos em 1995, foram acompanhados. Os participantes responderam a questionários sobre sua atividade física.
Os dados recolhidos na pesquisa foram cruzados com os registros nacionais de casos de câncer, para que uma possível relação pudesse ser evidenciada. A quantidade de exercícios está diretamente relacionada à incidência de tumores malignos. A diminuição de risco entre o grupo que mais se exercitava e os menos ativos chegou a 13% nos homens e 27% nas mulheres.
Entre os tumores que tiveram seu risco diminuído estão os de intestino grosso, fígado e pâncreas. Portanto, mesmo que você não esteja acima do peso, não perca tempo e comece logo a se exercitar. A pesquisa japonesa está publicada na edição de agosto da revista médica "American Journal of Epidemiology".
A dúvida era se o efeito protetor dos exercícios se mantinha nos indivíduos magros. Pesquisadores do governo do Japão realizaram uma pesquisa sobre o impacto dos exercícios sobre o câncer na população japonesa, naturalmente mais magra do que os ocidentais. Durante nove anos, cerca de 80 mil japoneses, que tinham idades entre 45 e 54 anos em 1995, foram acompanhados. Os participantes responderam a questionários sobre sua atividade física.
Os dados recolhidos na pesquisa foram cruzados com os registros nacionais de casos de câncer, para que uma possível relação pudesse ser evidenciada. A quantidade de exercícios está diretamente relacionada à incidência de tumores malignos. A diminuição de risco entre o grupo que mais se exercitava e os menos ativos chegou a 13% nos homens e 27% nas mulheres.
Entre os tumores que tiveram seu risco diminuído estão os de intestino grosso, fígado e pâncreas. Portanto, mesmo que você não esteja acima do peso, não perca tempo e comece logo a se exercitar. A pesquisa japonesa está publicada na edição de agosto da revista médica "American Journal of Epidemiology".
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