A fibromialgia caracteriza-se por uma dor crônica que migra por vários
pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações.
Trata-se de uma doença relacionada com o funcionamento do sistema nervoso
central e o mecanismo de supressão da dor que atinge, não provoca inflamações
nem deformidades físicas, mas pode estar associada a outras patologias
reumatológicas o que pode confundir o diagnóstico.
Em estudos norte-americanos e europeus a prevalência encontrada foi de
2,1% nas práticas clínicas de família, 5,7% na clínica geral, 5% a 8% em
pacientes hospitalizados e chegando a 14% a 20% dos atendimentos em
reumatologia.
Entre os pacientes da fibromialgia, existe forte predominância do sexo
feminino (80% a 90% dos casos), com um pico de incidência entre os 30 e os 50
anos, mas pode manifestar-se em crianças, adolescentes e idosos.
A doença acomete mais freqüentemente pessoas de melhor nível social e
educacional.
Ainda não se conhece a causa exata da fibromialgia. A teoria mais
aceita diz que a doença é causada por baixos níveis de um hormônio chamado
serotonina. Esse hormônio pode ser encontrado em todas as regiões do corpo e
possui um papel importante na regulação da dor e do padrão de sono.
Existem pesquisas confirmando que pessoas que sofrem de fibromialgia
possuem baixos níveis sangüíneos de serotonina.
Alguns especialistas acreditam que a fibromialgia é causada por
distúrbios no sono, uma vez que pessoas que sofrem do distúrbio não
apresentam uma boa fase de relaxamento muscular. Mesmo dormindo mais horas do
que o habitual, estas pessoas não conseguem uma recuperação adequada dos
níveis de energia.
O papel do sono foi descoberto quando pesquisadores pegaram
voluntários normais e impediram que eles entrassem na fase de relaxamento
muscular profundo. Uma vez privados deste estágio essencial do sono, todos os
voluntários desenvolveram sintomas muito similares àqueles presentes em
pessoas com fibromialgia.
A fibromialgia baseia-se na identificação dos pontos dolorosos. Ainda
não existem exames laboratoriais complementares que possam orientá-lo. Para
que o diagnóstico de fibromialgia possa ser levado em conta, as dores
musculares devem estar presentes por, pelo menos, três meses consecutivos,
acometendo mais de 11 de uma lista de 18 pontos dolorosos específicos no
corpo.
SINTOMAS
DICAS
Outras técnicas úteis incluem aplicação de compressas mornas ou
massagens sobre os músculos doloridos, acupuntura, psicoterapia (voltada
principalmente para técnicas de alívio da tensão e manejo do estresse) e
exercícios de relaxamento ou alongamento, como, por exemplo, Pilates.
Especialistas apontam que a medida terapêutica mais importante é
praticar regularmente exercícios de baixo impacto, como caminhadas, natação,
hidroginástica e andar de bicicleta. Além de reduzir o desconforto muscular,
a prática destes exercícios três vezes por semana diminui a sensação de
fadiga e melhora a qualidade do sono.
Uma vez que não existe cura para a fibromialgia, as chances de alívio
completo dos sintomas são pequenas. Contudo, combinando os vários recursos
terapêuticos conhecidos, é possível reduzir significativamente os sintomas.
O médico
especialista que deve ser procurado é o reumatologista.
|
Diário do Grande ABC - Saúde - 18/09/2008
Nenhum comentário:
Postar um comentário