Muito comum entre os corredores, a Fasciíte plantar se trata de uma inflamação na fáscia plantar, membrana que é uma das responsáveis pela manutenção do arco do pé. Essa inflamação gerada por microtraumatismos de repetição sobre esta estrutura pode ocorrer por diversos motivos, como fala Jorge Mazusaki, ortopedista especialista em pé e tornozelo.
“Mais de uma causa pode levar ao desenvolvimento desta doença. Pessoas que apresentem deformidade nos pés, como pé plano ou chato, estão propensas a desenvolver esta lesão, assim como indivíduos com sobrepeso. Entre os corredores, os motivos principais são o uso de calçados inapropriados, desvio do eixo corporal e também o excesso de esforço”.
Para identificar a lesão é importante ficar atento aos sintomas e procurar um médico especializado, para que o diagnóstico correto seja dado. “O primeiro sinal é sempre uma dor local, na sola do pé, e as primeiras pisadas do dia são as que mais incomodam”, diz Moisés Cohen, professor Livre-Docente do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Unifesp e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.
“A queixa mais freqüente é que a primeira pisada do dia é sempre muito dolorosa. A dor piora novamente à noite e após a corrida. Caso não seja tratada nessa fase, evolui com dores mais constantes que incapacitam a corrida. Em alguns casos, forma-se até o esporão de calcâneo, uma calcificação dolorosa na base do osso calcâneo”, completa Glauber Alvarenga, fisioterapeuta do Vita.
Tratamento
Caso seja diagnosticada a Fasciíte Plantar o tratamento deve ser iniciado de forma rápida, para que o atleta não tenha que interromper as atividades por um período muito longo. O tratamento da doença dura em média de três a seis semanas, e inclui alguns procedimentos, como fala Alvarenga.
“A dor deve ser combatida com o uso de gelo, fisioterapia ou, até mesmo, medicamentos. Porém, é importante um trabalho de alongamento e relaxamento da fáscia para o tratamento dessa lesão e prevenção de futuras recidivas”, diz o fisioterapeuta.
“O uso de analgésicos e antiinflamatórios é importante no tratamento. Em casos mais graves pode se fazer necessária uma cirurgia que corrija o causador do problema. Além disso, o tratamento de terapia de ondas de choque (TOC) tem se mostrado bastante eficiente em alguns casos”.
Prevenção
Um ditado sábio diz que é melhor prevenir do que remediar. Quando o assunto é Fasciíte plantar a máxima também é válida. E uma boa forma de não correr o risco de desenvolver o mal é através dos alongamentos.
“Os alongamentos são muito importantes para a prevenção da Fasciíte. Além disso, é necessário que o corredor conheça seus limites e evolua de forma progressiva no esporte, usando sempre os calçados adequados. A utilização de palmilhas especiais pode se fazer necessária em alguns casos, por isso, a consulta a um especialista antes de correr é importante”, conclui Cohen.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Entenda mais sobre a fascíte plantar
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