segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Psicologia é fator de sucesso no esporte de alto rendimento



Para que uma equipe de alto rendimento seja bem sucedida, não basta que seus atletas estejam fisicamente preparados e que clubes e federações tenham bons patrocinadores. O aspecto psicológico é fundamental para a obtenção de bons resultados. Essa é opinião de Maria Aparecida da Câmara Nery, pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo) especialista em psicologia do esporte.

Nery discutirá o tema dia 3 de setembro, no Palácio das Convenções do Anhembi. A palestra faz parte do Fórum Sports Business, evento que reúne especialistas de diversas áreas do esporte. A pesquisadora explicará o conceito de psicologia de esporte enfocando a preparação de equipes e o papel da liderança e da motivação no sucesso das modalidades de alto rendimento.

Segundo Nery, “a preparação psicológica é o grande diferencial de uma equipe. Ela é tão importante quanto os aspectos técnico e prático, porque antes de qualquer treinamento o profissional deve lidar com os relacionamentos pessoais”.

A psicologia começou a ser uma ferramenta importante do esporte entre as décadas de 50 e 60, quando os EUA e a antiga União Soviética disputavam a hegemonia mundial em todas as modalidades. No Brasil, a primeira experiência bem sucedida aconteceu na Copa do Mundo de 1958, quando João Carvalhaes aplicou métodos de acompanhamento psicológico na preparação da seleção que se sagraria campeã do torneio.

A partir dos anos 90, psicologia e esporte se tornaram conceitos inseparáveis. Clubes e federações passaram a investir cada vez mais na preparação integral de seus atletas. Como explica Nery, “a psicologia já faz parte da linguagem do profissional de educação física. Aos poucos esta visão passou a ser uma exigência na sua formação. Treinadores bem sucedidos, como Wanderley Luxemburgo e Felipão, dão grande importância à preparação psicológica e ao aspecto motivacional da equipe”.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Como identificar o ritmo do seu corpo?

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Especialistas dizem que dar ouvidos ao ritmo do próprio corpo pode fazer com que atividades diárias rendam mais. 

Você sabe a quantas bate o seu relógio biológico?
Especialistas dizem que dar ouvidos ao ritmo do próprio corpo pode fazer com que as atividades diárias rendam muito mais.
Para identificar o ritmo do corpo não é tão difícil. O humor é um ótimo termômetro.
Segundo médicos, o ritmo biológico é controlado internamente de acordo com a temperatura corporal. Ou seja, não adianta lutar contra algo que já é da nossa natureza.
Desde que começou a estudar à noite, Bruna diz que consegue prestar mais atenção nas aulas. “Era bastante difícil acordar de manhã e eu vivia com sono nas aulas. À noite dá me concentrar mais”, compara a estudante.
Cada um de nós tem um relógio biológico diferente. Por isso, uma pessoa pode ter mais disposição de manhã, outra à tarde e uma terceira estar com toda a energia à noite. É preciso respeitar o que o professor chama de ritmo interno.
“Uma pessoa sonolenta ou com ritmo alterado apresenta alterações de humor. A pessoa fica mais irritável. Uma pessoa que normalmente não xinga no trânsito é capaz de meter a mão na buzina, fazer gestos obscenos, é capaz de levantar a voz ou a mão para um filho coisa que não faria”, explica professor de fisiologia da Universidade de São Paulo (USP), Luiz Menna Barreto.
Mecanismos químicos que acontecem de forma diferente em cada organismo determinam o ritmo interno. Um deles é uma espécie de termômetro biológico.
A temperatura corporal muda quando estamos mais ou menos alertas. No sono profundo, o corpo está mais frio, perto dos 35ºC.
Nessa hora é mais difícil acordar. Quando a temperatura atinge os 36ºC, qualquer luz ou estímulo sonoro nos faz despertar. Ao longo do dia, nosso sangue fica mais quente: chega aos 37ºC. Neste momento estamos prontos para qualquer atividade.
Perguntas simples podem ajudar a descobrir qual o seu ritmo interno. Você depende do despertador para acordar? A que horas do dia se sente mais disposto? Se pudesse escolher faria atividade física de manhã ou à noite?
“Se você força muito, se está bocejando e fazendo exercício, alguma coisa não está em ordem, não está adequada no seu corpo.
O exercício deve ser feito, mas precisamos ver qual o melhor período para fazer este exercício para fazer com que ele se torne benéfico e não traga prejuízos”, diz o herbiatra Maurício de Souza Lima.
O professor explica ainda que durante os fins de semana, o nosso ritmo fica mais lento. O relógio interno bate mais devagar, como se o dia passasse a ter 25 horas e não mais 24.
Além da irritação, quem desrespeita o relógio biológico enfrenta outros problemas: perda de memória, aumento de peso, uma sensação permanente de cansaço. Mas é difícil conciliar esse relógio biológico com o relógio social, aquele que é imposto pela rotina diária, pelo trabalho, pelos filhos...

Bom Dia Brasil - Saúde - 25/11/2008
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